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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

ARTIGO 296 (ANO I, Nº 29, DE 15 A 21 DE AGOSTO DE 2010).

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:
http://soxadrez.com.br/conteudos/enxadristas/index.php


SÉRIE: FAMOSOS ENXADRISTAS.


Boris Spásski.

Boris Spásski protagonizou junto com Bobby Fischer em 1972 uma das maiores partidas de xadrez de todos os tempos, a partida terminou com derrota de Boris, mas os dois jogadores foram implacáveis, muitos especialistas e apreciadores de xadrez dizem que aquela partida deveria ter terminado em um empate, mas no fim, um dos dois teve que vencer.

Spásski obeteve êxito no xadrez ainda muito jovem, teve todo seu talento reconhecido pela Federação Soviética de Xadrez quando deram a ele a oportunidade de participar de uma seletiva para um torneio internacional fora da URSS, antes mesmo de ter conseguido disputar uma final do Campeonato Nacional.

O torneio internacional que Boris participou foi em Bucareste, no ano de 1953, e para surpresa de todos, ele teve uma estréia histórica derrotando Smyslov, e já nessa época uma coisa já podia se ver no habilidoso jovem, ela costumava ficar muito nervoso nas horas decisivas.

Durante boa parte da década de 50, o mundo do xadrez esperava que não demorasse muito para Boris Spásski tornar-se campeão, mas eis que seu nervosismo assumiu o controle em alguns dos momentos mais crucais. Devido a sua falta de controle, ele deixou de vencer partidas que estavam praticamente ganhas nos campeonatos siviéticos entre os anos de 1958 e 1961.

A crise pessoal que Spásski atravessou por volta de 1960 - ele rompeu com seu antigo treinador, foi proibido de viajar por um ano por seu mau comportamento nas Olimpíadas Estudantis de Xadrez e divorciou-se de sua primeira mulher - resolveu-se por um tempo quando ele conseguiu um novo técnico, o calmo e frio Bondarevski. Spásski conseguiu vencer as eliminatórias para o título mundial e jogar o match contra Petrossian em 1966, mas perdeu; ainda não estava suficientemente maduro para ser campeão mundial. Em 1969, derrotou Petrossian nas partidas finais da série, e a vitória chave vale como um exemplo do estilo agressivo de Spásski - controle do centro seguido da entrada das peças pelas linhas abertas.

Quando finalmente veio o grande título mundial, poucas coisas foram como o esperado. Spásski não teve preparo para ser o melhor do mundo,e por fim, ter conquistado o título mundial acabou o atrapalhando. Após ter o título, quase todas as partidas que ele fez foram medíocres, tendo perdido a maioria delas, com excessão de uma, uma partida disputada contra Bobby Fischer em 1970, nas Olimpíadas de Xadrez.

Após essa partida, era incomum uma vitória de Spásski. Deixou de comparecer em diversos torneios, e em pouco tempo já não dentinha mais o título de Campeão do Mundo. Por conta do seu mau comportamento, perdeu sua posição invejável na sociedade soviética; eliminado das duas séries seguintes pelo título por Karpov e Kortchnoi, radicou-se com sua esposa francesa - a terceira - nas proximidades de Paris, onde depois veio a naturalizar-se.

Parece paradoxal falarmos de um campeão mundial como um talento desperdiçado, mas os dons naturais de Spásski para o xadrez eram tais que ele deveria ter conquistado o título muito antes e deveria tê-lo mantido por um período maior. Há um toque de preguiça e outro de indecisão em sua constituição mental; com a dedicação ao xadrez de, por exemplo, Alekhine ou Tal, Spásski poderia ter sido um dos maiores campeões de todos os tempos.

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