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sábado, 1 de maio de 2010

ARTIGO 170 - XADREZ NA SALA DE AULA (ANO I, Nº 016. DE: 1 A 7 DE MAIO DE 2010).


Xadrez na Sala de Aula
João Pessoa - PB

Disciplina, concentração, melhora na auto-estima e socialização. Esses são alguns dos potenciais que os jogadores de xadrez desenvolvem. É com esse intuito que a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por sua Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (Sedec), está disponibilizando aulas de xadrez nas escolas públicas municipais, para que seus alunos também tenham a oportunidade de desenvolver essas e outras habilidades provenientes do esporte.

Desde abril deste ano, as escolas municipais João Vinagre, localizada no bairro do Miramar e Olívio Ribeiro Campos, situada no bairro dos Bancários, participam do projeto "Xadrez na Sala de Aula", onde mais de 50 crianças e pré-adolescentes entre 6 e 14 anos estão tendo a chance de assistirem aulas de xadrez, ministradas por Francisco Cavalcante e Livramento Cavalcante. Os alunos têm duas horas de aulas prática e teórica diariamente.

Essas atividades não se resumem ao jogo, pois os alunos também enveredam pela história e geografia. Eles recebem informações sobre a origem do jogo e consequentemente alguns fatos dos países envolvidos, tornando-se assim um trabalho de interdisciplinaridade. A intenção, além de levar conhecimento, prática esportiva e inclusão, é poder estar contribuindo na formação de profissionais, alguns deles com potencial para participar de torneios.

Cidadania – Francisco Cavalcante, coordenador do projeto, diz que as aulas "melhoram a auto-estima e o interesse pelas demais disciplinas, porque o xadrez desenvolve duas inteligências, a matemática e a espacial. O aluno supera as dificuldades de aprendizagem e um dado muito importante é que nenhum deles foi reprovado. Também estamos tirando essas crianças do ócio: o tempo que poderia ser gasto talvez com violência ou drogas está canalizado no xadrez", observa.

Ele revela que a Sedec está estudando implantar o projeto em outras escolas. "O xadrez ocupa pouco espaço e pode ser praticado por qualquer aluno, até mesmo quem tem algum tipo de deficiência. O jogo ajuda na concentração, a ter um raciocínio rápido, a criança passa a pensar por ela mesma e a fazer uma auto-análise tanto do jogo quanto da vida", explica.

Retorno – De acordo com Livramento Cavalcante, supervisora pedagógica, diz que utiliza a pedagogia do xadrez, que consiste em desenvolver a parte lúdica do jogo e as aulas são ministradas de uma forma a não parecer disciplina obrigatória; o intuito é desenvolver a auto-estima, a ética e a lógica matemática. A partir daí, os alunos têm um desenvolvimento considerável nas outras disciplinas. "A interação é tanta que a mãe de um dos nossos alunos passou a participar das aulas para poder jogar com o filho. Isso é muito gratificante, porque vemos que o trabalho está dando frutos", comemora.

Campeonato – Francisco acaba de participar do Campeonato Brasileiro de Xadrez, o evento ocorreu entre os dias 8 e 14 deste mês, no Clube de Xadrez de São Paulo, e contou com a participação de 38 enxadristas de diversas cidades brasileiras. Francisco foi para a semifinal ficando em 4º lugar, sendo o único nordestino classificado para a fase final, que aconteceu no salão nobre do Hotel Confort, em Guarulhos (SP), e o paraibano terminou em 8º lugar.

De acordo com o enxadrista, "o resultado da competição foi excelente, fui o único representante do Nordeste e estou entre os melhores do Brasil. Tudo isso com a ajuda da Secretaria de Educação do município, que tem me dado um grande apoio", afirmou. Outra conquista do jogador foi em 2003 na cidade de Nice, na França, onde foi eleito mestre na modalidade pela Federação Internacional de Xadrez (Fide).

Ele também é autor do livro "Xadrez para todos: uma ferramenta pedagógica". A publicação foi confeccionada em forma de cordel para desmistificar a prática do xadrez, trazendo-o para nossa realidade.

História – A origem do xadrez é meio controvertida. Estudiosos dizem que o jogo teria nascido na China, outros negam a informação. A disseminação pelo mundo deu-se por meio da cultura árabe e a influência política e geográfica do islamismo do século VII em diante. Foi introduzido na Europa por volta do século IX, através do comércio entre Europa e as regiões dominadas pelos árabes, e pelos contatos entre os povos à época das cruzadas.

No Brasil, o xadrez chegou por meio da colonização portuguesa, mas sem nenhuma expressão digna de registro ou menção. Somente quando D. Pedro II se torna um aficionado e um disciplinado jogador é que o xadrez começa a passos lentos a se popularizar.

Fonte: www.joaopessoa.pb.gov.br

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