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sexta-feira, 22 de março de 2013
ARTIGO 316 (ANO I, Nº 31. DE 1 A 7 DE SETEMBRO DE 2010) - VI CAMPEONATO MUNDIAL DE XADREZ.
VI CAMPEONATO MUNDIAL DE XADREZ
VI CAMPEONATO MUNDIAL DE XADREZ: Lasker x Steinitz, 1896-1897.
Ao classificar-se em segundo lugar no Torneio de San Petesburgo, Steinitz se encontrou de novo às portas do Título Mundial, e como jamais foi homem que dormisse sobre suas glórias, aceita em seguida um match com Schiffers, o enxadrista russo de maior talento depois de Tchigorin. O match celebrou-se em Rostow e Steinitz venceu por +6 -4 =1, após dura batalha, onde demonstrou que, se bem que conservasse suas grandes qualidades enxadrísticas, sua saúde começava a debilitar.
Apesar de tudo, decide participar do Torneio de Nuremberg, 1896, onde o Campeão Mundial obtém outro ressonante êxito ao vence-lo, enquanto que Steinitz consegue apenas o sexto lugar. Estaria Steinitz acabado? Não acredite nisto. Bem é verdade que já tinha idade avançada e que se encontrava doente, mas tinha fé em si mesmo e partiu para Moscou cheio de ilusões, não sem antes preparar-se conscientemente, quer seja com estudos teóricos, ou com curas em balneários.
O segundo match Lasker x Steinitz, começou em 06 de novembro de 1896, em Moscou, com as mesmas condições do anterior, ou seja, venceria o primeiro que ganhasse 10 partidas.
O resultado não poderia ser mais desastroso para Steinitz, já que perdeu as quatro primeiras partidas, empatou a quinta, voltou a perder a sexta, chegou a empatar a sétima, oitava e nona, para ser derrotado na décima e décima primeira.
Mas nem assim se rende, e todavia tem brio para conseguir sua primeira vitória na partida número doze. Poderia reverter o adverso placar? Ele tentou e voltou a vencer a décima terceira, mas estas duas batalhas acabaram com suas forças e Lasker se impôs sem maiores dificuldades, ganhando por +10 -2 =5.
Esta segunda derrota diante de Lasker foi um duro golpe para Steinitz, mas sempre desportivo, pouco depois escrevia em um jornal de New York: “Por que fui derrotado de forma tão lamentável? Em primeiro lugar, porque Lasker é o maior enxadrista que já encontrei; possivelmente o maior que já existiu. Ao afirmar expressamente isto, parecerá que quero desculpar-me, rebaixando, ao mesmo tempo a outros rivais, mas sou incapaz de fazer tal coisa referindo-me à mestres de primeira categoria. Certa vez disse estas, ou parecidas, palavras, que um mestre não tem direito de sentir-se doente em uma prova, assim como um general em um campo de batalha. E permaneço fiel a este pensamento.”
E Steinitz, ainda que se negasse a reconhecer, estava doente e envelhecido. Envelhecido pelos anos e pela dura luta pela sobrevivência, pois sempre foi pobre e cheio de problemas. Depois do match com Lasker foi internado em um sanatório na Rússia e submetido à observação, mas curou-se e voltou a lutar em torneios, ainda que o êxito já não lhe voltasse a sorrir. Em seu retorno aos Estados Unidos, foi objeto de uma carinhosa recepção, e quando, no ano seguinte se dispôs a partir para participar no Torneio de Viena, 1898, quando se comemorava o jubileu do imperador Francisco José, um jornalista lhe perguntou:
— Mestre, já não ganhou o senhor suficientes glórias para deixar o lugar para os jovens?
— Posso ceder-lhes a glória, mas os prêmios, não - foi a resposta de Steinitz.
Tampouco foram importantes os prêmios que obteve, pois em Viena, classificou-se em quarto lugar, o que deixaria a qualquer um satisfeito, menos ao grande Steinitz; em Colônia, no mesmo ano, em quinto, e sua última atuação foi no Torneio de Londres, 1899, onde finalizou na décima primeira posição, empatado com W. Cohn.
Seus últimos dias foram muito tristes, vivendo praticamente de caridade e com claros sintomas de loucura. Contam que afirmava ter inventado um meio para comunicar-se por meio da eletricidade com Deus, a quem podia dar a vantagem de um Peão e da saída.
Com sua morte, em 1900, o mundo perdeu o homem que havia revolucionado o xadrez, terminando sua vida em total miséria.
Durante toda sua vida desenvolveu um grande trabalho jornalístico pelo xadrez, primeiro na Inglaterra e mais tarde, na América do Norte. Editou a revista mensal “The Internacional Chess Magazine” em New York, de 1885 a 1891 e publicou os livros “The Modern Chess Instructor”, dois volumes, 1889 e 1895, e “The sixth American Chess Congress, 1889”.
REFERÊNCIA:
http://xadrezemrevista.comunidades.net/index.php?pagina=1773463611
PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).
ARTIGO 315 (ANO I, Nº 31, DE 1 A 7 DE SETEMBRO DE 2010) - V CAMPEONATO MUNDIAL DE XADREZ.
V CAMPEONATO MUNDIAL DE XADREZ: Steinitz X Lasker, 1894.
Depois de sua vitória sobre Tchigorin, a Steinitz só restava um rival que oferecia perigo a seu título, o alemão Tarrasch, mas este não aceitou o desafio de enfrentar o Campeão Mundial que lhe fizeram desde Havana, por receio de que uma longa ausência de sua cidade lhe prejudicasse as atividades de médico.
Entretanto, outro alemão, de origem judia, Emanuel Lasker (Berlinchen, próximo a Berlim, 24Dez1868 - New York, 11Jan1941), filho de um ministro da sinagoga local, começou a obter triunfos na Alemanha e Inglaterra e mudou-se para os Estados Unidos em busca de Steinitz.
Quando o encontro foi acertado para que o título fosse disputado, a carreira de Lasker não era muito brilhante, já que se resumia a uma vitória no Torneio de Londres, 1892, outro no de New York, 1893, e algumas atuações de menor importância, em que ganhou o primeiro prêmio. Em matches, havia derrotado todos os seus adversários, com exceção de Blackburne (Londres, 1892, +6 -0 =4), os demais, Bardeleben (Berlim, 1889, +2 -1 =1), Bird (Liverpool, 1890, +7 -2 =3), English (Viena, 1890, +2 -0 =3), Mieses (Leipzig, 1890, +5 -0 =3), Miniati (Manchester, 1890, +3 -0 =2), Lee (Londres, 1891, +1 -0 =1), Bird (Londres, 1892, +5 -0 =0), C. Golmayo (Havana, 1893, +2 -0 =1), Vázquez (Havana, 1893, +3 -0 =0), Showalter (Kokomo, 1893, +6 -2 =1) e Ettlinger (New York, 1893, +5 -0 =0, não se encontravam entre as primeiras figuras da época.
Steinitz não voltou a duvidar se colocava seu título em jogo, entre outras razões porque tinha um alto conceito de seu jovem rival, e assim, com seus 58 anos, se dispõe a demonstrar diante de um jovem de 26 anos que seguia sendo o Número Um do mundo. O encontro começou em 15 de março de 1894, em New York, para continuar na Filadélfia e Montreal. Seria vencedor o primeiro que chegasse a dez vitórias, e receberia como prêmio US$ 2500, enquanto que o derrotado, apenas U$ 750.
As primeiras partidas mostraram uma absoluta igualdade, pois Steinitz ganhou a 2ª e a 4ª, perdendo a 1ª e a 3ª, enquanto que as outras duas finalizaram em empate. Mas a partir deste instante, o velho campeão começou a ter falhas em seu jogo e perdeu sucessivamente 5 partidas. Não se abateu aquele maravilhoso guerreiro que era Steinitz e depois de empatar a 12ª, venceu as duas seguintes, ainda que estas vitórias já eram o canto do cisne, pois Lasker se impôs na 15ª e a 16ª, com o que obteve 9 vitórias.
O título já estava praticamente perdido, pois somente uma vitória separava o desafiante do título, e ainda que Steinitz, em seu último esforço chegasse a se impor na 17ª partida, e conseguisse empate na seguinte, teria que declinar o Rei adversário na 19ª, e o fez com uma esportividade que lhe honrou, pois, se colocou em pé e gritou: “Três urras para o novo Campeão”.
A partir desta derrota, o indomável espírito de Steinitz se coloca a prova outra vez e começa a participar dos mais importantes torneios do mundo com o brilho e a ilusão de um jovem iniciante. Poucos meses depois, vence um torneio em New York, no que supera, entre outros a Albin, Showalter e Pillsbury. Em seguida, participa do grande Torneio de Hastings, 1895, onde finaliza em 5º, atrás de Pillsbury, Tchigorin, Lasker e Tarrasch, mas superando a todos os jovens que logo seriam figuras de renome mundial, como Schlechter, Janowski, Mieses, Teichmann, etc. A carreira de Steinitz brilhou altamente, pois obteve vitórias como a conseguida diante de Bardeleben, que lhe valeu o Primeiro Prêmio de Brilhantismo, e que é considerada como uma das partidas mais belas de todos os tempos.
Pouco depois deste torneio, em São Petesburgo, convidaram os cinco primeiros classificados em Hastings a jogar outro, a seis rodadas, com objetivo de que o vencedor, caso não fosse Lasker, disputasse o Título Mundial.
Devemos destacar que quando Lasker proclamou-se Campeão Mundial, recebeu muitas críticas por parte dos mais fortes apreciadores do xadrez de então, principalmente do dr. Tarrasch, quem não lhe considerava com classe suficiente para ostentar tal título. Sem dúvida, devemos destacar também, que a partir de sua vitória sobre Steinitz, é que verdadeiramente começa a brilhante carreira do novo Campeão Mundial.
O dr. Tarrasch, por motivos profissionais, recusou jogar, sendo assim, participaram deste torneio apenas os 5 dos 6 enxadristas convidados, e constitui um sensacional triunfo de Lasker que se impôs claramente, mas também uma prova de que Steinitz não estava acabado, pois finalizou em 2º, como se pode ver no quadro de classificação que segue:
TORNEIO DE SÃO PETESBURGO, 1895-96
13Dez1895 - 27Jan1896
1
2
3
4
Tot
Lasker
x x x x x x
1 1 ½ 0 1 ½
0 0 ½ 1 ½ ½
1 ½ 1 1 ½ 1
11,5
Steinitz
0 0 ½ 1 0 ½
x x x x x x
1 ½ ½ 1 1 1
0 1 1 0 0 ½
9,5
Pillsbury
1 1 ½ 0 ½ ½
0 ½ ½ 0 0 0
x x x x x x
1 1 1 0 0 ½
8,0
Tchigorin
0 ½ 0 0 ½ 0
1 0 0 1 1 ½
0 0 0 1 1 ½
x x x x x x
7,0
_____________________________________________________________________________________
REFERÊNCIA:
http://xadrezemrevista.comunidades.net/index.php?pagina=1773451266
PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).
ARTIGO 314 (ANO I, Nº 31, DE 1 A 7 DE SETEMBRO DE 2010) - IV CAMPEONATO MUNDIAL DE XADREZ.
IV CAMPEONATO MUNDIAL DE XADREZ.
IV CAMPEONATO MUNDIAL DE XADREZ: Steinitz X Tchigorin, 1892.
Tchigorin não desanimou ao ser derrotado por Steinitz, e em poucos meses se impõe, empatando com Max Weiss, no importante Torneio de New York. Precisamente durante sua visita nesta cidade, o grande enxadrista russo criticou as aberturas recomendadas por Steinitz em seu livro “Modern Chess Instructor”, referentes ao Gambito Evans (1 e4 e5 2 Cf3 Cc6 3 Bc4 Bc5 4 b4 Bb4 5 c3 Ba5 6 0-0 Df6) e a Defesa dos 2 Cavalos (1 e4 e5 2 Cf3 Cc6 3 Bc4 Cf6 4 Cg5 d5 5 ed5 Ca5 6 Bb5+ c6 7 dc6 bc6 8 Be2 h6 9 Ch3). Um guerreiro como Steinitz enfurece e aceita um match por telégrafo com essas duas variantes, mas é derrotado fulminantemente em ambas as partidas, e então a aficção mundial deseja um novo combate entre eles.
O encontro volta a celebrar-se em Havana e o vencedor seria o primeiro que ganhasse 10 partidas. Se o primeiro encontro entre estes dois colossos foi apaixonante, o segundo superou a imaginação no que diz respeito à combatividade e emoção. Antes de iniciar a 23ª partida, o resultado era favorável a Steinitz por +9 -8 =5, Tchigorin, portanto, necessitava ganhar para igualar o encontro, e depois de executar um Gambito do Rei com singular maestria superou nitidamente seu rival, de quem chegou a ganhar uma peça. Mas eis que o mestre russo comete um terrível erro e recebe um simples mate em dois lances, o que lhe impediu de prosseguir na luta, pois, segundo as condições do match, em caso de empate a nove vitórias o match continuaria até que um deles obtivesse duas vitórias.
Este terrível lapso de Tchigorin influenciou o resto de sua vida, apesar de não ter terminado com sua carreira, já que precisamente após seu combate com Steinitz obteve suas melhores vitórias, como o 2º lugar no torneio de Hastings, 1895 (torneio que esteve a um ponto da vitória, e que se não ganhou foi devido à sua famosa irregularidade, pois perdeu a penúltima rodada frente a Janowski, enxadrista muito inferior a ele, naquela época), e as vitórias em Budapest, 1896; Moscou, 1899 e 1901; Kiev e Viena, 1903 e San Petesburgo, 1905. Em matches, derrotou Schiffers em várias ocasiões, a Chaurosek por +3 -1 =0, para desempatar o 1º lugar no Torneio de Budapest, 1896, e a Lasker, em 1903, por +2 -1 =3, com abertura forçada, e empatou um dramático encontro com Tarrasch, 1893, em San Petesburgo com o resultado de +9 -9 =4.
As atuações de seu últimos anos não condiziam com sua extraordinária classe, já que o álcool havia minado seu organismo, mas até seus dias finais, foi admirado por seu talento criador e combatividade.
REFERÊNCIA:
http://xadrezemrevista.comunidades.net/index.php?pagina=1773438921
PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).
ARTIGO 313 (ANO I, Nº 31, DE 1 A 7 DE SETEMBRO DE 2010) - III CAMPEONATO MUNDIAL DE XADREZ.
III CAMPEONATO MUNDIAL DE XADREZ Steinitz X Gunsberg, 1890-91.
Isidoro Gunsberg (Budapeste, 02Nov1854-Londres, 02Mai1930), de origem judia, foi o terceiro aspirante ao Título de Steinitz. Ainda que húngaro de nascimento, pode ser considerado um enxadrista inglês, já que aos 13 anos mudou-se para a Inglaterra com sua família e ali obteve a cidadania. Aprendeu a jogar logo e no célebre Café de La Regence, de Paris, foi apresentado como um menino prodígio. em 1876 jogou dentro do famoso robô “Mephisto” em Londres, com o que pretendia emular as façanhas do idealizado pelo Barão Wolfgang von Kempelen, que chegou a jogar contra Napoleão.
Quando enfrentou Steinitz, era considerado como um dos mais fiéis seguidores das teorias do Campeão, e contava com um brilhante curriculum, pois havia ganho os Torneios de Hamburgo, 1885; Bradford e Londres, 1888. Em matches havia vencido a Bird (Londres, 1866, por +5 -1 =3), Blackburne (Bradford, 1887, por +5 -2 =6) e empatado com Tchigorin num dramático encontro em Havana, 1890, com o resultado de +9 -9 =5.
Frente a Steinitz defendeu-se com grande dignidade, pois somente foi derrotado por +4 -6 =9, em um encontro ao melhor resultado em 20 partidas. O Campeão Mundial voltou a aplicar em quatro ocasiões sua barroca defesa do Gambito Evans, que havia empregado diante de Tchigorin, e perde em duas ocasiões, ainda que tenha conseguido a satisfação de vencer em uma e empatar outra.
Gunsberg dirigiu durante cerca de 30 anos a seção de xadrez do “Daily Telegraph” e do “Morning Post”, de Londres e escreveu diversos livros sobre o tema. Sua carreira enxadrística se desenvolveu até 1914, ano em que participou do famoso Torneio de San Petesburgo, vencido por Lasker, mas a idade já não lhe permitia enfrentar com êxito a jovens como Capablanca e Alekhine
REFERÊNCIA:
http://xadrezemrevista.comunidades.net/index.php?pagina=1773426576
PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).
quarta-feira, 20 de março de 2013
ARTIGO 312 (ANO I. Nº 31, DE 1 A 7 DE SETEMBRO DE 2010).
II CAMPEONATO MUNDIAL
DE XADREZ.
OS CAMPEONATOS DO MUNDO
II CAMPEONATO MUNDIAL DE XADREZ Steinitz X Tchigorin, 1889
Após sua vitória sobre Zukertort, nenhum jogador no mundo ameaçava seriamente o trono de Steinitz. O Campeão Mundial passou quase 3 anos sem participar de nenhuma “luta” séria, mas quando visitou Havana (Cuba), onde existia uma enorme simpatia pelo xadrez, foi organizado o “match” com Tchigorin com o título em jogo ao melhor resultado em vinte partidas.
Miguel Ivanovich Tchigorin (Gatschina, 12Nov1850 - Lublin, 25Jan1908), fundador da atual escola soviética (russa), foi um dos jogadores mais geniais e irregulares de todos os tempos. Ao longo de sua carreira encontramos produções de grande beleza juntamente com erros grosseiros, indignos de um enxadrista de tão extraordinário talento. Até os 16 anos não havia aprendido a jogar xadrez, mas em 1879 venceu o Torneio de San Petesburgo. Sua 1ª participação internacional foi no Torneio de Berlim, 1881, onde terminou empatado em 3º lugar com Winawer e superado por Blackburne e Zukertort, mas deixando para trás jogadores de reconhecida classe. No ano seguinte participou discretamente do Torneio de Viena, e em 1883 classificou-se em 4º lugar no Torneio de Londres. Estas atuações, assim como seus triunfos em matches contra Alapin, Schiffers e A. de Riviere, lhe deram uma grande reputação, pois seu jogo demonstrava uma grande riqueza de idéias. Tchigorin foi um dos poucos enxadristas que não admitiram os princípios de Steinitz totalmente, afirmando que “as melhores normas de jogo estão longe de conhecerem-se”. Não é de estranhar que para Tchigorin, a superioridade dos Bispos sobre os Cavalos, como pregava Steinitz, e outras normas, não tiveram valor algum. Para ele a atividade das peças não era o mais importante, e o domínio do centro com Peões, uma utopia, com o que se antecipavam os hiper-modernistas, que como Nimzowitch, Reti e Breyer, principalmente, iriam revolucionar o xadrez nos primeiros 25 anos do século XX.
Tchigorin gostava do jogo aberto e não admitia nenhum dogma. Assim, contra a Defesa Francesa, empregava o aparente absurdo lance 2 De2, depois de 1 e4 e6; ou defendia-se do Gambito da Dama da seguinte forma: 1 d4 d5 2 c4 Cc6, etc. De qualquer forma, seu aprofundamento na teoria das aberturas foi muito grande, e muitas são hoje linhas surgidas de seu engenho. Sua principal virtude era o constante afã de luta, seu desejo de complicar posições e seu grande poder de combinação. Seus defeitos: as enormes distrações, que também o fizeram famoso, e seu escasso domínio do Gambito da Dama com Negras, assim como seu grande nervosismo e aficção à bebida.
Steinitz aceitou rapidamente o desafio por dois motivos: 1º porque considerava Tchigorin como o mais forte adversário, o que indubitavelmente lhe honrava desportivamente, e o 2º pelo desejo de mostrar ao mundo sua superioridade, pois Tchigorin havia ganho 3 das 4 partidas que haviam jogado (uma em Viena, 1882 e duas em Londres, 1883), e além disso, no match por correspondência entre Londres e San Petesburgo, 1886-1887, Tchigorin, o capitão da equipe russa, se impôs a Londres, dirigida por Steinitz, com uma vitória e um empate.
O encontro de Havana, ao melhor resultado em 20 partidas, começou em meio a uma grande expectativa, e começou 48 horas após a chegada de Tchigorin, depois de uma viagem de 32 dias, dos quais 26, havia passado no mar. Até a 13ª partida, apesar de interessante, o match permanecia indeciso, mas Steinitz se impôs nas 3 partidas seguintes com o que decidiu praticamente a luta, pois, somente um empate nas 4 seguintes era suficiente para conservar o título. Tchigorin lutou como um leão na 17ª partida, mas teve de conformar-se em repartir o ponto e deixar o título nas mãos do rival, que venceu por +10 -6 =1, o que demonstra como foi disputada a luta.
Steinitz teve a satisfação de vencer de Negras em 3 “Gambito Evans Aceito”, onde empregou sua barroca defesa de 1 e4 e5 2 Cf3 Cc6 3 Bc4 Bc5 4 b4 Bb4 5 c3 Ba5 6 0-0 Df6?!, mas foi derrotado 4 vezes e empatou a 17ª que lhe serviu para revalidar o título.
Possivelmente Steinitz não teria sido derrotado 6 vezes se escolhesse outras aberturas, pois Tchigorin foi o maior jogador de Gambito Evans, mas aquele grande lutador sempre estava disposto a provar sobre o tabuleiro o que afirmava com a pluma em seus artigos periódicos.
II CAMPEONATO MUNDIAL DE XADREZ Steinitz X Tchigorin, 1889
Após sua vitória sobre Zukertort, nenhum jogador no mundo ameaçava seriamente o trono de Steinitz. O Campeão Mundial passou quase 3 anos sem participar de nenhuma “luta” séria, mas quando visitou Havana (Cuba), onde existia uma enorme simpatia pelo xadrez, foi organizado o “match” com Tchigorin com o título em jogo ao melhor resultado em vinte partidas.
Miguel Ivanovich Tchigorin (Gatschina, 12Nov1850 - Lublin, 25Jan1908), fundador da atual escola soviética (russa), foi um dos jogadores mais geniais e irregulares de todos os tempos. Ao longo de sua carreira encontramos produções de grande beleza juntamente com erros grosseiros, indignos de um enxadrista de tão extraordinário talento. Até os 16 anos não havia aprendido a jogar xadrez, mas em 1879 venceu o Torneio de San Petesburgo. Sua 1ª participação internacional foi no Torneio de Berlim, 1881, onde terminou empatado em 3º lugar com Winawer e superado por Blackburne e Zukertort, mas deixando para trás jogadores de reconhecida classe. No ano seguinte participou discretamente do Torneio de Viena, e em 1883 classificou-se em 4º lugar no Torneio de Londres. Estas atuações, assim como seus triunfos em matches contra Alapin, Schiffers e A. de Riviere, lhe deram uma grande reputação, pois seu jogo demonstrava uma grande riqueza de idéias. Tchigorin foi um dos poucos enxadristas que não admitiram os princípios de Steinitz totalmente, afirmando que “as melhores normas de jogo estão longe de conhecerem-se”. Não é de estranhar que para Tchigorin, a superioridade dos Bispos sobre os Cavalos, como pregava Steinitz, e outras normas, não tiveram valor algum. Para ele a atividade das peças não era o mais importante, e o domínio do centro com Peões, uma utopia, com o que se antecipavam os hiper-modernistas, que como Nimzowitch, Reti e Breyer, principalmente, iriam revolucionar o xadrez nos primeiros 25 anos do século XX.
Tchigorin gostava do jogo aberto e não admitia nenhum dogma. Assim, contra a Defesa Francesa, empregava o aparente absurdo lance 2 De2, depois de 1 e4 e6; ou defendia-se do Gambito da Dama da seguinte forma: 1 d4 d5 2 c4 Cc6, etc. De qualquer forma, seu aprofundamento na teoria das aberturas foi muito grande, e muitas são hoje linhas surgidas de seu engenho. Sua principal virtude era o constante afã de luta, seu desejo de complicar posições e seu grande poder de combinação. Seus defeitos: as enormes distrações, que também o fizeram famoso, e seu escasso domínio do Gambito da Dama com Negras, assim como seu grande nervosismo e aficção à bebida.
Steinitz aceitou rapidamente o desafio por dois motivos: 1º porque considerava Tchigorin como o mais forte adversário, o que indubitavelmente lhe honrava desportivamente, e o 2º pelo desejo de mostrar ao mundo sua superioridade, pois Tchigorin havia ganho 3 das 4 partidas que haviam jogado (uma em Viena, 1882 e duas em Londres, 1883), e além disso, no match por correspondência entre Londres e San Petesburgo, 1886-1887, Tchigorin, o capitão da equipe russa, se impôs a Londres, dirigida por Steinitz, com uma vitória e um empate.
O encontro de Havana, ao melhor resultado em 20 partidas, começou em meio a uma grande expectativa, e começou 48 horas após a chegada de Tchigorin, depois de uma viagem de 32 dias, dos quais 26, havia passado no mar. Até a 13ª partida, apesar de interessante, o match permanecia indeciso, mas Steinitz se impôs nas 3 partidas seguintes com o que decidiu praticamente a luta, pois, somente um empate nas 4 seguintes era suficiente para conservar o título. Tchigorin lutou como um leão na 17ª partida, mas teve de conformar-se em repartir o ponto e deixar o título nas mãos do rival, que venceu por +10 -6 =1, o que demonstra como foi disputada a luta.
Steinitz teve a satisfação de vencer de Negras em 3 “Gambito Evans Aceito”, onde empregou sua barroca defesa de 1 e4 e5 2 Cf3 Cc6 3 Bc4 Bc5 4 b4 Bb4 5 c3 Ba5 6 0-0 Df6?!, mas foi derrotado 4 vezes e empatou a 17ª que lhe serviu para revalidar o título.
Possivelmente Steinitz não teria sido derrotado 6 vezes se escolhesse outras aberturas, pois Tchigorin foi o maior jogador de Gambito Evans, mas aquele grande lutador sempre estava disposto a provar sobre o tabuleiro o que afirmava com a pluma em seus artigos periódicos.
REFERÊNCIA:
http://xadrezemrevista.comunidades.net/index.php?pagina=1773414231
PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).
ARTIGO 311 (ANO I. Nº 31, DE 1 A 7 DE SETEMBRO DE 2010).
I CAMPEONATO MUNDIAL
DE XADREZ.
DE XADREZ.
OS CAMPEONATOS DO MUNDO.
I CAMPEONATO MUNDIAL DE XADREZ Steinitz x Zukertort, 1886
Em 11 de janeiro de 1886, em um local especialmente escolhido pelo Manhattan Chess Club de New York, encontram-se frente a frente Steinitz e Zukertort para dirimir de uma vez por todas a supremacia mundial.
Zukertort inicia o match com as Brancas, e sem vacilar, efetua seu primeiro lance 1. d4. A luta que toda a aficção mundial havia esperado durante três longos anos havia começado!
Porém, deixemos Steinitz refletindo sua resposta e vejamos quem eram os protagonistas deste apaixonante encontro que acabava de começar.
Wilhelm Steinitz havia nascido em 17 de maio de 1836, em Praga, no seio de uma família judia que sonhava em converte-lo em um rabino. Aos 12 anos já mostrava na escola uma boa disposição para a matemática, e aos 22, foi enviado a Viena para seguir um dos estudos que jamais completou, pois, desde os primeiros dias começou a freqüentar os círculos de xadrez, onde começou jogando ao estilo que agradava naquela época, ou seja, a base de brilhantes ataques com sacrifícios. Logo o chamaram de “Morphy austríaco”, pela veemência e a beleza de suas combinações. Seu estilo de jogo estava muito longe do que ia ser mais adiante, e nada o pressagiava a enorme transformação que aquele homenzinho ia imprimir no mundo do tabuleiro.
O caráter independente de Steinitz já se manifestou nesta época, pois se conta que um dia, jogando com um famoso banqueiro chamado Epstein lhe disse: “Jovem, tenha cuidado! Não sabe você com quem está falando?” e Steinitz rapidamente respondeu: “O sei perfeitamente, você é Epstein, porém, na bolsa, aqui Epstein sou eu!”.
Alguns psicólogos, e com eles o Grande Mestre Ruben Fine, qualificam esta resposta de Steinitz como um delírio de grandeza, mas não há outro remédio que reconhecer que o futuro Campeão Mundial tinha razão, pois estavam jogando xadrez e não discutindo sobre ações.
Durante sua estada em Viena já havia se convertido em um jogador profissional, pois as partidas que disputava, eram em geral por meio de uma pequena aposta.
Em 1862, partiu para Londres para jogar um torneio internacional, que foi ganho por Anderssen, no qual finalizou em 6º lugar, empatando com Barnes e Dubois em pontuação, mas destacando-se pelas brilhantes combinações.
Londres era naquela época, a Meca do xadrez, e não devemos estranhar pois, que ali fixasse Steinitz sua residência, impondo-se pouco a pouco a todos os adversários que lhe opuseram. Em 1874 começou a colaborar com a famosa revista inglesa “The Field”, analisando conscientemente as partidas de sua época e começando a mostrar sua nova concepção de jogo.
Como se entendia xadrez até o advento de Steinitz?
Muito simples, se o objetivo nosso era dar mate, o lógico era que todos os esforços se concentrassem sobre o monarca inimigo para abate-lo, mas Steinitz pensava de outra forma: o importante é ganhar a partida, e para isto, temos que adquirir uma série de vantagens, com as quais o mate será uma conseqüência por si só. Em outras palavras, Steinitz descobriu o que atualmente conhecem todos os jogadores do mundo, o jogo de posição. Em que consiste ele? Como todos sabemos hoje, consiste em dominar as colunas abertas, em aproveitar os Peões e as casas débeis e outros mil detalhes que até então permaneciam ignorados. Assim, não é de se estranhar que o enxadrista Adolfo Schwarz tenha se dirigido a Steinitz e lhe dito: “Este pequeno homem nos está ensinando, a todos, como jogar xadrez!”. Ali estavam os mais famosos da época e não protestaram, pois já haviam adotado, pelo menos em parte, sua doutrina, que anos antes parecia rebuscada e barroca a todos os críticos.
Depois do Torneio de Londres de 1883, Steinitz se transfere para os Estados Unidos, onde adquire a nacionalidade norte-americana.
O que o levou ao citado país? Talvez a disputa com o editor de “The Field”, ou talvez o desejo de jogar com Morphy, que permanecia inativo em New Orleans e com quem conseguiu uma entrevista, mas com a condição de não falar sobre xadrez. Seguramente, para um lutador da categoria de Steinitz, não poder enfrentar Morphy foi uma das maiores decepções de sua vida.
Retornamos então a 11 de janeiro de 1886. A 1 d4 de Zukertort, o pequeno Steinitz, o grande Steinitz, respondeu com 1 ... d5. Os dois colossos da época estavam frente a frente ...
Johannes Hermann Zukertort é agora o que medita. Havia nascido a 7 de setembro de 1842 na cidade de Lublin (Polônia), de pai alemão e mãe polonesa. Aos 13 anos sua família mudou-se para Breslau e estudou química em Heidelberg e psicologia em Berlim, doutorando-se em medicina na Universidade de Breslau em 1865. Exerceu a medicina no exército prussiano durante as guerras contra a Dinamarca, Áustria e França, sendo condecorado por sua valentia. Tinha uma memória prodigiosa, e era capaz de recordar todas as partidas que havia jogado em sua vida, falava onze idiomas e era um excelente atirador de pistola e esgrimista.
Aprendeu a jogar xadrez em Breslau, aos 18 anos, tendo como professor o grande Adolf Anderssen, quem lhe iniciou no jogo de combinação, e com quem jogou dois matches, perdendo em 1868 por +3 -8 =1 e ganhando em 1871 por +5 -2 =0. Durante os anos 1867/71 foi editor com Anderssen da revista “Neue Berliner Schachzeitung”. Em 1878, ganhou o grande Torneio de Paris, e este mesmo ano se fez cidadão inglês. Foi um extraordinário jogador às cegas, realizando múltiplas e brilhantes sessões de simultâneas, e em 16 de dezembro de 1876 bateu, em Londres, o recorde mundial, ao jogar 16 partidas de uma vez com o magnífico resultado de +11 -1 =4.
Seu estilo de jogo era brilhante ao extremo, as combinações eram sua especialidade e quanto à sua imaginação, ninguém lhe superava em seus melhores tempos, que eram, sem dúvida, o momento que enfrentava Steinitz com o Título Mundial em jogo. Mas tinha vários pontos débeis em sua personalidade: nervoso e impressionável.
As negociações para este encontro que agora estavam disputando haviam durado anos, e destaco, ironicamente, que nenhum dos concorrentes aceitava a designação de “aspirante”. O vencedor seria o primeiro que ganhasse 10 partidas, sem contar os empates.
Steinitz se impôs conduzindo as peças negras na 1ª partida, mas Zukertort ganhou as quatro seguintes de forma impressionante, com o que ninguém duvidava que seria Campeão Mundial, sem demasiados problemas. Mas tinha que contar com o formidável poder de recuperação de Steinitz, que na seguinte série de jogos, disputados em São Luis, reagiu com ímpeto, ganhando 3 das 4 partidas ali disputadas, e um empate, com o que o match ficou em 4,5 x 4,5. As partidas seguintes foram disputadas em New Orleans, com um Steinitz cada vez mais moral e um Zukertort já sem confiança em si mesmo. Steinitz se impôs agora contundentemente, ganhando o encontro por +10 -5 =5, com o qual chegou a convencer por fim, toda a aficção mundial de que era o jogador n.º 1.
Zukertort, de caráter muito impressionável, jamais se repôs desta derrota, pois, no ano seguinte, perdeu um encontro com Blackburne, a quem havia vencido facilmente em 1881 (+7 -2 =5) pelo discrepante placar de +1 -5 =8. Também jogou outros torneios, mas já sem êxito, e o 20 de junho de 1888 foi marcado por seu derrame cerebral, que o levou à tumba enquanto se encontrava jogando uma partida.
REFERÊNCIA:
http://xadrezemrevista.comunidades.net/index.php?pagina=1773401886
PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).
ARTIGO 310 (ANO I, Nº 30, DE 22 A 31 DE AGOSTO DE 2010).
Regras do Xadrez.
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REFERÊNCIA:
http://www.tabuleirodexadrez.com.br/regras-do-xadrez.htm
PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).
ARTIGO 309 (ANO I. Nº 30, DE 22 A 31 DE AGOSTO DE 2010).
O COMPLEXO DO POMBO ENXADRISTA
Saudações, meus caros leitores, assíduos ou não! :)
Esta semana tive contato com uma espécie de conto que traduz bem algumas situações pelas quais termino passando. Debates e conversas com pessoas de mente aberta, dispostas a discutir, ouvir, argumentar, contra-argumentar, muito me interessam. Todavia, nem todos estão preparados para isso.
Esta semana tive contato com uma espécie de conto que traduz bem algumas situações pelas quais termino passando. Debates e conversas com pessoas de mente aberta, dispostas a discutir, ouvir, argumentar, contra-argumentar, muito me interessam. Todavia, nem todos estão preparados para isso.
Você já teve a oportunidade de conversar com alguém, que tem uma opinião irredutível e que não estará, nunca, disposta a aceitar qualquer dos argumentos? Esta pessoa começa interessada, e a partir do momento que os argumentos vão sendo postos à mesa, ela vai começando a te cortar, ou não prestar a devida atenção? Esta pessoa finge te escutar, e assim que você dá determinada explicação, ela emenda alguma frase como se tudo o que você disse, não teve importância ou relevância alguma? Ela se irrita ou leva a discussão para um lado cômico? As piadas começam a surgir e o melhor argumento dela começa a ser te ridicularizar? Parabéns! Você está jogando xadrez com um pombo! Isso mesmo, um pombo. Esse é o COMPLEXO DO POMBO ENXADRISTA!
Que vem a ser esse complexo? O Complexo do Pombo Enxadrista é utilizado, comumente, para descrever a ação de um dos participantes em um debate ou discussão. Quando o outro lado está utilizando-se das características que mencionei acima, ele está se comportando como um pombo jogando xadrez. A sua ação pode ser resumida a: agressão verbal, falácias como argumentos, defeca em todo o tabuleiro, bagunça as peças do jogo e sai voando cantando vitória. E aí? Já passou por isso? ^^
Pois bem, é cada vez mais comum este tipo de reação de pessoas em um debate. Não dê credibilidade a quem não leva a ideia do outro a sério. Comece por aí. Respeito é fundamental para qualquer discussão, independente do seu grau de discordância com o outro lado. Simplesmente não comece, quando perceber que do outro lado, há um pombo, prestes a cagar tudo, e sair voando se proclamando o melhor...
REFERÊNCIA:
http://rcfelipe.blogspot.com.br/2012/09/o-complexo-do-pombo-enxadrista.html
PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).
ARTIGO 308 (ANO I, Nº 30, DE 22 A 31 DE AGOSTO DE 2010).
COLETÂNEA DE FRASES DE XADREZ
1001 FRASES DE XADREZ
1. O Xadrez é algo mais do que um jogo; é uma diversão intelectual que tem um pouco de Arte e muito de Ciência. É, além disso, um meio de aproximação social e intelectual. (GM J. R.Capablanca, ex-campeãoMundial)
3. O Xadrez, como todas as demais coisas, pode ser aprendido até um determinado ponto e não além. O demais depende da natureza de cada um. (GM J. R.Capablanca)
4. De poucas partidas aprendi tanto como da maioria de minhas derrotas.(GM J. R. Capablanca)5. O bom jogador sempre tem sorte. (GM J. R.Capablanca)
Garri Kasparov
6. Steinitz forneceu à Teoria do Xadrez uma tabela de multiplicar, masainda ele estava muito longe das Matemáticas superiores. (GM G.Kasparov, ex-Campeão mundial)
7. O Xadrez é um jogo absolutamente lógico que tem suas leis gerais, quepodem ser compreendidas intuitivamente ou trabalhando muitíssimo. (GMG. Kasparov)
8. O Campeão Mundial é a melhor personificação de sua época e com basenele podemos julgar o desenvolvimento do Xadrez. (GM G. Kasparov)
9. No Xadrez, minha palavra é próxima à de Deus. (GM G. Kasparov)
10. Vejo na luta enxadrística um modelo exato da vida humana, com sualuta diária, suas crises e seus incessantes altos e baixos. (GM G. Kasparov)
Wilhelm Steinitz
11. A acumulação de pequenas vantagens leva a uma supremaciaconsiderável. (Wilhelm. Steinitz, ex-campeão mundial)
12. O peão é a causa mais freqüente da derrota. (W. Steinitz)
13. O jogador que leva vantagem deve atacar ou perderá dita vantagem.(W. Steinitz)
14. A mente humana é limitada, mas a estupidez humana é ilimitada. (W.Steinitz)
Ricardo Reti
15. Na idéia do Xadrez e no desenvolvimento da mente enxadrística temosum quadro da luta intelectual da humanidade. (Ricardo Reti, representanteda corrente Hiper-moderna)
Mijail Botvinnik
16. Quem deseje chegar a ser um grande jogador deverá aperfeiçoar-se nocampo da análise. (GM Mijail Botvinnik, ex-campeão mundial e Pai daEscola Soviética de Xadrez).
17. É impossível compreender o mundo do Xadrez sem olhá-lo com osolhos de Capablanca. (GM M. Botvinnik)
18. O Xadrez é arte e cálculo. (GM M. Botvinnik)
Alexander Alekhine
19. Alguma vez os homens tiveram que ser semi-deuses; do contrário, nãoteriam inventado o Xadrez. (GM A. Alekhine, ex-Campeão Mundial)
20. Só um homem culto pode chegar ao mais alto do Xadrez. (GM A.Alekhine)
21. Para competir no Xadrez, é preciso, antes de mais nada, conhecer anatureza humana e compreender a Psicologia do contrário. (GM A.Alekhine)
22. Sou Alekhine, Campeão Mundial de Xadrez; não preciso de passaporte.(GM A. Alekhine)
Paul Keres
23. Quem não assume um risco nunca ganhará uma partida. (G.M P.Keres)
David Bronstein
24. O Xadrez é imaginação. (G.M D . Bronstein)
25. Jogar uma partida de xadrez é pensar, elaborar planos e também teruma pitada de fantasia. (GM D. Bronstein)
Vassily Smislov
26. A maestria no Xadrez significa uma conquista criadora e um ganhocientífico. (GM V. Smislov, ex-Campeão Mundial)
27.No Xadrez, como na vida, o adversário mais perigoso é você mesmo (GM V.Smislov)
Mijail Tal
28. Da mesma forma que nossa imaginação se agita pelo sorriso de umagarota, a imaginação se agita pelas possibilidades do Xadrez. (GM Mijail, Tal,ex-Campeão Mundial)
29. Se proibissem o Xadrez, provavelmente me tornaria contrabandista (GM M.Tal)
30. Há duas classes de sacrifícios: os corretos e os meus. (GM M. Tal)
31. Um jogador de Xadrez é primordialmente um actor. (GM M. Tal)
Tigran Petrosian
32. Dizem que minhas partidas deveriam ser mais interessantes. Eu poderiaser mais interessante e também perder. (GM Tigran Petrosian, ex-CampeãoMundial)
33. Graças ao Xadrez muitos conhecemos a alegria da criação intelectual (GMT. Petrosian)
34. O melhor treinador do enxadrista é ele mesmo (GM T. Petrosian)
35. As vitórias de Fischer são um enigma para mim (GM T. Petrosian)Bent Larsen
36. O Xadrez é uma formosa amante a quem voltamos uma e outra vez, semque nos importe as muitas vezes que nos recusa. (G.M. Bent Larsen)
Boris Spasski
37. O Xadrez, com toda sua profundidade filosófica, é antes de mais nada umjogo no qual se põem de manifesto a imaginação, o caráter e a vontade. (GMBoris Spasski, ex-Campeão Mundial)
38. Petrosian me lembra a um ouriço. Justamente quando você acredita que otem preso, solta suas garras. (GM B. Spasski)
Bobby Fischer
39. O Xadrez é a Vida. (GM Robert Bobby Fischer, ex-Campeão Mundial)
40. Não me fale de perder. Não posso pensar nisso!(GM R. Bobby Fischer)
41. Sou um indivíduo detestável. Meus ideais são o xadrez e o dinheiro. Queroser riquíssimo. Todos querem sê-lo, mas ninguém o diz. É pecado? (GM R.Bobby Fischer)
42. No xadrez há dois tipos de jogadores: os bons e os duros. Eu sou dosduros. (GM R. Bobby Fischer)
43. Petrosian sabia detectar e afastar o perigo vinte jogadas antes que estesurgisse. (GM R. Bobby Fischer)
Anatoli Karpov
44. A ameaça da derrota é mais terrível que a própria derrota. (GM A. Karpov,ex-Campeão do Mundo.
45. O Xadrez está mais perto da Matemática do que qualquer outra Ciência.(GM A. Karpov)
Samuel Reshevsky
46. Só há um Mikhail Tal no mundo. (GM Samuel Reshevsky)
Dr. Siegbert Tarrasch
47. No Xadrez, como na vida, o melhor lance é sempre a que é realizado. (Dr.S.Tarrasch)
48. Eu sempre senti um pouco de pena daquelas pessoas que nãoconheceram o Xadrez; Justamente o mesmo que sinto por quem não foiembriagado pelo amor. O Xadrez, como o amor, como a música, tem a virtudede fazer o homem feliz. (Dr. Siegbert Tarrasch)
49. O Xadrez é uma forma de produção intelectual que tem seu encantopeculiar. A produção intelectual é uma das grandes satisfações - senão a maior- ao alcance do homem. Nem todos podem compor uma peça musicalinspirada ou construir uma ponte; no entanto, no Xadrez, todo mundo éintelectualmente produtivo e, portanto, cada pessoa que o pratica podeexperimental uma grande satisfação. (Dr. Siegbert Tarrasch)
Victor Korchnoi
50. Nenhum Grande Mestre é normal, o único que difere um do outro é o tipode loucura. (GM Victor Korchnoi, O terrível)
Alexander Kotov
51. A aprendizagem do Xadrez produz autêntico prazer, e os sucessosdesportivos ou criativos que se obtêm depois reportam plena satisfação. (GMA. Kotov)
52. O Xadrez é necessário em toda boa família. (Alexander Pushkin, escritorrusso)
53. O Xadrez é semelhante à vida. (Miguel de Cervantes, escritor espanhol)
54. O Xadrez é um jogo honrado. (Williams Shakespeare, poeta e dramaturgoinglês)
54. O Xadrez é prova de inteligência. (Joan W. Goethe, poeta alemão)
55. O Xadrez é uma necessidade tão imperiosa como a literatura. (IvanTurgueniev, novelista russo)
56. Não existe tanto mistério em dez assassinatos como numa partida deXadrez. (A. Rubinstein, um dos melhores jogadores dos anos 20)
57. Gosto do Xadrez porque é um bom descanso; faz trabalhar a mente, masde uma forma muito especial. (Leon Tolstoi, escritor russo)
58. Uma posição determinante no centro dá direito a atacar numa ala. (AaronNimzovitch)
59. A técnica do jogo posicional pode ser adquirida. (A. Nimzowitch)
Efim Bogoljubow
60. Se jogo com brancas, eu ganho porque tenho o primeiro movimento.Quando jogo com negras, ganho porque sou Boguljubow. (GM EfimBogoljubow)
61. A estratégia é coisa de reflexão, a tática é coisa de percepção. (Max. Euwe,ex-Campeão Mundial)
62. Uma partida de Xadrez se assemelha a uma mulher: cada qual asuperestima ou menospreza, mas ninguém é capaz de julgá-la fria eobjetivamente. (GM R. Fine, eminente Psicólogo)
63. Ajudai vossas peças para que elas vos ajudem. (Paul Morphy, gênio norte-americano)
64. Quando Tal sacrifica uma peça, vale comprovar por que; quando Petrosianfaz algum sacrifício, é melhor abandonar; quando Kasparov sacrifica algo, valecomprovar e abandonar. (GM M. Najdorf)
65. Capablanca foi o melhor porque não precisou aborrecer-se. (GM M.Najdorf)
66. Nunca alguém ganhou uma partida abandonando-a. (GM S. Tartakower)
67. Os sete pecados capitais do Xadrez são: Superficialidade, Voracidade,Pusilanimidade, Inconsequência, Delapidação do tempo, Excessivo amor à paz,Bloqueio. (S. Tartakower).
68. O Xadrez subsiste graças aos erros que se cometem jogando-o. (S.Tartakower).
69. No xadrez, o vencedor é quem comete o penúltimo erro.. (S. Tartakower).
70. Se o erro não existisse, deveria ser inventado. (S. Tartakower).
71. Se o Xadrez é luta, o melhor é Lasker; se o Xadrez é ciência, o melhor éCapablanca; se o Xadrez é arte, o melhor é Alekhine. (S. Tartakower).
72. Numa partida de Xadrez, às vezes, jogam mais de quatro cavalos. (S.Tartakower).
73. O jogo de Xadrez careceu de métodos de ensino; o homem de tempo. (MIRoberto Grau)
74. A combinação é a técnica da beleza objetiva do jogo. (MI R. Grau)
75. É por meio do raciocínio que se chega a descobrir as combinações. (MI R.Grau)
76. A história das idéias enxadrísticas é a história dos jogadores que a encarnaram.(Anthony Saidy)
77. Os peões são a alma do Xadrez. (A.D . Philidor)
78. Gosto de como me educaram. Mas minha vida não é só Xadrez. (GM. JuditPolgar)
79. Se penso, jogo mal. (GM Viswanathan Anand, ex-Campeão Mundial)
80. A genialidade consiste em saber transgredir as regras no momento adequado. (R.Teichmann)81. Se queres destruir um homem, ensina-lhe a jogar Xadrez. (Oscar Wilde,escritor)
82. A vida é muito curta para o Xadrez (J. Byron)
83. O Xadrez é um mar no qual um mosquito pode beber e um elefante podebanhar-se. (Provérbio Indiano)
84. O Xadrez moderno está muito preocupado com coisas como a estrutura dePeões. Esqueçam-no, o Xeque Mate termina a partida. (GM Nigel Short)
85. Jogue a Abertura como um livro, o meio jogo como um mago e os Finais comouma máquina. (R. Spielmann)
86. Não é um lance, nem ainda o melhor lance que tu deves procurar, mas um planocompreensível (Eugene Znosko-Borovsky)
87. Um mau plano é melhor do que não ter nenhum plano. (Frank Marshall)
88. Aqueles que dizem que entendem o Xadrez, não entendem nada. (GM RobertHubner)
89. O Xadrez não é como a vida... Tem regras! (Mark Pasternak, escritor)
90. Nada excita mais a Grandes Mestres aborrecedores do que uma novidadeteórica. (Dominic Lawson)
91. Do Xadrez se disse que a vida não é o suficientemente longa para ele, mas isso éculpa da vida, não do Xadrez" (W. E. Napier)
92. O Xadrez se joga com a mente, não com as mãos! (Kahn)
93. As virtudes do Xadrez são tão inumeráveis como os grãos de areia de umdeserto.
94. O Xadrez cura a mente enferma e a exercita em saúde. É o descanso para ointelecto sobrecarregado e o relax para o corpo fatigado. Alivia as penas e aumentao sentimento de felicidade. Ensina a dominar as paixões e a ser cauteloso.
95. A verdadeira beleza do Xadrez consiste na luta elementar entre diferentespersonalidades.
96. No Xadrez como na vida, a glória de hoje pode ser o veneno de manhã.
97. O Xadrez é a lógica feita jogo.
98. O Xadrez é uma luta consigo mesmo.
99. As qualidades do Xadrez têm um valor humano geral e constitui, pois, ummétodo de autodesenvolvimento e autodisciplina muito útil aos que o praticam.
100. O Xadrez é um elixir que prolonga a vida, é um culto à sabedoria e um canto à virtude.
Postado por WILLIAM PEREIRA às 15:55
REFERÊNCIA:
http://frasesxadrez.blogspot.com.br/
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ARTIGO 307 (ANO I, Nº 30, DE 22 A 31 DE AGOSTO DE 2010)
Frank Marshall
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Marshall | |
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Informações pessoais | |
Nome completo | Frank James Marshall |
Nascimento | 10 de Agosto de 1877 Nova Iorque, Estados Unidos |
Nacionalidade | Estados Unidos |
Falecimento | 9 de novembro de 1944 (67 anos) Jersey City, Estados Unidos |
Títulos | Grande Mestre (1914) |
Conquistas | |
Cambridge Springs 1904 (1º) | |
Monte Carlo 1904 (3º) | |
Scheveningen 1905 (1º) |
Frank James Marshall (10 de agosto de 1877 — 9 de novembro de 1944) foi um ex-campeão norte-americano de xadrez no período compreendido entre os anos de1909 a 1936 e considerado um dos mais fortes enxadristas do mundo no início doSéculo XX. Foi um grande jogador de torneio mas um péssimo jogador de match, com ficou demonstrado nos matches pelo campeonato mundial, contra Emanuel Lasker e J.R Capablanca, nos quais venceu apenas uma partida.
Frank Marshall deixou o seu nome ligado a diversas variantes de aberturas de Xadrez. A mais conhecida é conhecida como Ataque Marshall que é uma resposta por parte das pretas à abertura Ruy Lopez das brancas. Este ataque foi utilizado por Frank Marshall numa partida contra Capablanca em 1918.
REFERÊNCIA:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Frank_Marshall
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