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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

ARTIGO 58 - XADREZ E NEUROLOGIA (ANO I, Nº 006. DE 8 A 15 DE FEVEREIRO DE 2010).



FOTO 132.
Xadrez e Neurologia
Luiz Vasconcelos Loureiro -- 11.nov.2006 - 19h28

XADREZ E NEUROLOGIA
Luiz Loureiro

"Segredos de uma Mente Brilhante – Motivação e treino podem superar habilidades inatas" – Scientific American – Setembro 2006.

No número regular de setembro último da prestigiada revista Scientific American, editada há mais de 150 anos nos EUA, a matéria principal e de capa refere-se ao jogo de xadrez. O autor do texto, Philip E. Ross, é um aficionado do nosso esporte e colaborador regular da publicação e, nela, registra como algumas das mais recentes pesquisas em psicologia e neurologia têm procurado examinar os processos mentais dos campeões de xadrez, visando compreender como esses jogadores produzem sua competência no jogo e conseguem êxito destacado em suas performances. Há uma impressionante e inspirada ilustração na capa, sugerindo as elaborações de um simultanista ao controlar as possibilidades das peças em vários tabuleiros e que chama a atenção imediata de qualquer leitor em potencial, seja enxadrista ou não. Dessa forma, uma revista de divulgação científica altamente respeitada em todo mundo deu destaque ao xadrez tanto na edição original norte-americana, como nas diversas republicações que têm lugar em vários países e línguas diferentes como se dá na Alemanha, Bélgica- Holanda, China, Espanha, França, Grécia, Itália, Índia, Israel, Japão, Coréia do Sul, Kuwait, Polônia, República Checa, Romênia, Rússia, Ucrânia, Taiwan e, felizmente, também no Brasil! São vinte edições espalhando mensalmente pelo mundo a melhor qualidade de reportagem científica e, nesse caso específico, tratando justamente das habilidades e características psicológicas que os mestres de xadrez exibem quando processam mentalmente as opções numa partida e que, eventualmente, poderão ser transferidas para outros campos e terem positiva aplicação no ensino da leitura, da escrita e da aprendizagem de matemática e outras disciplinas regulares do currículo escolar.

O ensaio de oito páginas de Phlip Ross, decorado com diagramas de xadrez, fotos, gráficos, estatística de atividade cerebral e outras indicações pertinentes, é motivado por algumas questões básicas, que têm extremo destaque na prática do xadrez. Por exemplo, como ele bem coloca no início: "De que modo indivíduos exímios em suas áreas adquirem habilidades extraordinárias? O que é mais importante, o talento inato ou o treinamento intensivo? Como um jogador pode atuar tão bem e tão rapidamente?(quando joga uma simultânea)". O autor também se permite um certo atrevimento ao caracterizar o xadrez como a "drosófila do conhecimento cognitivo", pois podendo "a destreza no jogo ser medida, dissecada em componentes, submetida a experimentos em laboratório e prontamente observada em seu ambiente natural, o salão de torneio" o xadrez seria uma atividade perfeita para a observação e o experimentalismo psicológico e neurológico!? (OBS.: A "Drosophila Melanogaster", conhecida popularmente como a "mosca das frutas", foi o principal organismo usado nas pesquisas genéticas ao longo do século XX e poucos seres vivos podem rivalizar com esse inseto na dimensão da contribuição dada para o aumento de um importante campo do conhecimento humano).

A excelente exposição de Ross é ainda complementada por resumos e quadros sinópticos e uma importante sugestão de consultas adicionais. Com matérias como essa, o xadrez, além de poder contribuir com a pesquisa científica básica, vai ganhando ainda mais divulgação e respeito pelo mundo todo!

Para os que desejarem obter outras informações sobre esse ensaio (ou mesmo, simplesmente fazer um "tour" sobre temas empolgantes da ciência), sugiro consultar o site da revista original, Scientific American, em inglês (EUA), no endereço http://www.sciam.com/ ou, igualmente, o site da versão brasileira, Scientific American – Brasil, no endereço http://www.sciam.com.br, procurando pela edição de setembro de 2006. À propósito: utilizando o mecanismo de busca interno dessa edição nos EUA, vi que o xadrez aparece relacionado a outras 20 matérias publicadas desde 1994!?

Bem, não é que eu esteja em campanha contra aqueles que costumam dizer que "o jogo não serve para nada"...mas, pelo menos, como mínimo, já podemos contra-argumentar, dizendo que cada "cabeça de enxadrista" é um mini-laboratório de neurologia e psicologia, funcionando e trabalhando em prol da ciência!

Luiz Loureiro
Rio de Janeiro
11 Novembro 2006

POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).
REFERÊNCIAS:
http://www.fpx.com.br/mostracol.asp?colid=103
http://www.fotosearch.com.br/PSK125/1574r-018842/

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