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FUNDAÇÃO DO CLUBE DE XADREZ SANTO ANTÔNIO DE JESUS (BAHIA):

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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

ARTIGO 304 (ANO I, Nº 30, DE 22 A 31 DE AGOSTO DE 2010).

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIAS:
http://soxadrez.com.br/conteudos/enxadristas/index.php
SÉRIE: FAMOSOS ENXADRISTAS.


Erich Gottlieb Eliskases

Entre as decadas de 30 e 40, Erich Gottlieb Eliskases foi um dos melhores enxadristas que o mundo teve. Fez partidas dignas de um grande mestre.

Erich Gottlieb Eliskases nasceu na Áustria em 1913 e faleceu em 1997. Em relação a outros enxadirstas, ele se difere em uma coisa, ninguém ensinou xadrez para ele, ele aprendeu por conta própria a jogar com 12 anos de idade. Se comparado a outros exadristas que começam ainda com 4 ou 5 anos de idade, Erich começou a jogar relativamente tarde.

Após ter dominado todas as movimentações das peças no tabuleiro, ele começou a se aventurar em alguns clubes de xadrez, para tentar a sorte desafiando outros jogadores Quando ele tinha 14 anos de idade, ele entrou para um clube de xadrez chamado Schlechter. De uma maneira surpreendente, no seu primeiro ano de clube ele já havia ganho o campeonato organizado pelo clube Schlechter.

Nos seus longíncuos 15 anos de idade, ele conseguiu mais um título, mantendo uma escrita de um título por ano, dessa vez ele foi o campeão tirolês. E um ano depois, aos 16, ele foi campeão do Campeonato Austríaco de Xadrez.

Embora tenha cursado o ensino superior na cidade em que nasceu, sempre foi o xadrez que tomava maior parte do seu tempo, chegando a praticar cerca de 8 horas diárias. Tanto treino assim valeu a pena, e nas olímpiadas de Xadrez de 1930, 1933 e 1935 ele foi soberano, derrotou todos os advresários e consagrou-se como um dos melhores enxadristas da sua época.

Os anos 30 estavam longe de ser ruim para a carreira de Erich Gottlieb Eliskases, além dos três primeiros títulos olímpicos, ele conseguiu mais dois títulos, em 1938 e 1939. Esses títulos vieram quando a Alemanha e a Áustria se unificaram, e começou a ser disputado, então, o Campeonato Alemão de Xadrez em Bad Oeynhausen.

A vida do enxadrista ainda guardava algumas surpresas. Enquanto ele defendia a Alemanha nas olimpíadas de xadrez de 1939 na Argentina, estoura a segunda guerra mundial, sendo assim, ele e os outros componentes do time alemão que vieram para a América do Sul decidiram ficar pela Argentina mesmo, chegaram inclusive, a ficar uns tempos no Brasil, até que os ânimos na Alemanha se acalmassem.

Após vários contratempos, ameaças de expulsão do país, dentre outras tantas coisas, Erich veio para o Brasil onde disputou o campeonato gaúcho de xadrez, venceu nos dois anos que participou, 1947 e 1948. Foram tantos anos na Argentina, que o austríaco criou raízes, e logo após 1948 ele se naturalizou argentino, e nas Olimpíadas de 1952, 1958, 1960 e 1964 ele passou a defender seu novo país.

Conquistou os títulos de Mestre Internacional da FIDE em 1950 e o de Grande Mestre em 1952. Teve bons resultados em torneios, incluindo o primeiro lugar sozinho ou empatado nos torneios de Budapeste em 1934 (Campeonato Húngaro), Linz em 1934, Zurique em 1935, Milão em 1937, Noordwijk em 1938 (seu maior sucesso, à frente de Euwe e Keres), Krefeld em 1938, Bad Harzburg em 1939, Bad Elster em 1939, Viena em 1939, São Paulo em 1941 e mais tarde em 1947, Mar del Plata em 1948, Punta del Este em 1951, e Córdoba em 1959. Sua vitória em Noorwijk iniciou uma série de oito torneios consecutivos sem uma única derrota.

Ao final dos anos 30 ele era considerado um dos três melhores enxadristas do mundo, os outros dois eram Keres e Capablanca.

Eliskases continuou jogando nos anos 1950, 1960 e mesmo nos anos 1970, mas seus resultados eram menos impressionantes. Ele casou com a argentina María Esther Almeda em 1954 e teve um filho, Carlos Enrico. Em 1976 ele e sua esposa tentaram um retorno ao tirol austríaco, mas não conseguiram se estabelecer, e retornaram à Córdoba.

ARTIGO 303 (ANO I, Nº 30, DE 22 A 31 DE AGOSTO DE 2010).

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:
http://soxadrez.com.br/conteudos/enxadristas/index.php

SÉRIE: FAMOSOS ENXADRISTAS.

Levon Aronian.

Levon Aroninan começou a aparecer para o mundo do xadrez quando venceu o campeonato para menores de 12 anos na Húngria no ano de 1994. Após essa conquista, ele começou a viajar pela europa ocidental/oriental para disputar outros torneios, para que, de acordo com ele, fosse ganhando experiência.

Após passar 7 anos se preparando para novas disputas, em 2002 ele foi campeão do mundo júnior, vencendo Luke McShane, Surya Ganguly, Artyom Timofeev, Bu Xiangzhi, Pentala Harikrishna e outros.

Ainda no ano de 2002, ele conseguiu a sua primeira vitória no Campeonato Nacional da Armênia, Amrênia sendo seu país de origem. Venceu seu adversário com uma diferença de 3 pontos, o que provava cada vez mais que ele estava preparado para novos tentos.

Em maio de 2005 Levon conseguiu uma sequencia de importantes vitórias, entre as mais cinsideráveis estão:

- Ter sido campeão da primeira edição do torneio Karabakh, em Stepanakert, no Azerbaijão. Em dezembro do mesmo ano, venceu Ruslan Ponomariov da Ucrânia na final do Mundial em Khanty Mansiysk, na Rússia. Em março de 2006, Aronian venceu o exclusivo Torneio Internacional Xadrez da Cidade de Linares.

Uma das vitórias mais importantes consideradas por Levon, é a conquista que ele teve com a equipe armênia nas olimpíadas de xadrez de 2006. A Armênia montou uma forte equipe, juntando Vladímir Akopian, Karen Asrian, Smbat Lputian, Gabriel Sargissian e Artashes Minasian.

O ano de 2007 também foi muito importante para Levon. Em janeiro ele conseguiu sagrar-se campeão da Copa do Mundo de Xadrez, o que lhe rendeu vários pontos no ranking da FIDE, e em março de 2007 Levon conseguiu ficar em quarto lugar no importante Torneio de Linares.

ARTIGO 302 (ANO I, Nº 30, DE 22 A 31 DE AGOSTO DE 2010).

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

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SÉRIE: FAMOSOS ENXADRISTAS.

Judit Polgár

Judit Polgár é uma das mais aclamadas e habilidosas enxadristas do mundo. Ela superou o magnífico Bobby Fischer na conquista do título de Grande Mestre Internacional, graduação que ela conseguiu com apenas 15 anos de idade.

Ela carrega outro título que a orgulha muito. Foi a primeira mulher a conquistar o título do mundial para menores de 12 anos de idade.Ninguém ainda conseguiu superar seu feito.

Judit começou a jogar xadrez com cinco anos de idade. Seus pais dizem que ela sempre teve uma admiração pelas peças e pelo tabuleiro, coisa que a fez começar a criar gosto pelo jogo na medida que ia crescendo.

Ela passava várias horas treinando, e sua irmã, também enxadrista era a sua adversário durante os treinos. Após ela conquistar o mundial até 12 anos, ela conseguiu uma inédita medalha olímpica, em 1990.

Em 1993, com apenas 17 anos, venceu o ex-campeão mundial Boris Spassky por 5 ½ - 4 ½, em uma série de 10 partidas. O mundo então, começava a ver todo o talento da mulher que estava mais se destacando no cenário do xadrez mundial.

Em 1988 Judit conseguiu figurar entre os 10 melhores enxadristas do mundo, o que na época significava ser a única mulher entre os 120 primeiros do ranking.

Em sua vida profissional, Judit ainda conseguiu fazer algo que para ela tem um grande significado, ela realizou duas partidas contra Garry Kasparov, a primeira partida Kasparov venceu, após tomar um sufoco na jovem húngara. E a segunda partida, após movimentos surpreendentes e brilhantes dos dois lados, Judit ficou com a vitória.

Polgar afastou-se em 2004 para ter um filho, Oliver. A maternidade é considerada a causa de derrotas posteriores. Atualmente ela ocupa a décima oitava posição do ranking feminino da FIDE.

ARTIGO 301 (ANO I, Nº 30, DE 22 A 31 DE AGOSTO DE 2010).

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

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SÉRIE: FAMOSOS ENXADRISTAS

Giovanni Vescovi.

Giovanni Vescovi é um dos mais bem conceituados enxadristas do Brasil, é um dos melhores representantes sul americanos no mundo.

Enquanto criança, quando tinha apenas 3 anos de idade, começou a aprender a jogar xadrez com seu pai. Como seu pai trabalhava muito, ele só tinha tempo de jogar com ele aos finais de semana, e assim foi ao longo de 5 anos. Ao completar 8 anos de idade, ele foi para um clube de xadrez, no qual aprimourou tudo auquilo que já havia aprendido com seu pai. Quatro meses após entrar para este clube, ele teve a oportunidade de participar do seu primeiro campeonato. Ele participou de vários outros torneios de xadrez e desde então nunca mais parou.

Seus primeiros passos rumos aos títulos de xadrez vieram em 1987, quando conseguiu um digno vice-campeonato mundial mirim, tornando-se assim, o primeiro brasileiro a chegar tão longe em um campeonato mundial.

Com jogo arrojado e criativo, produziu algumas das mais belas partidas do xadrez brasileiro e teve várias combinações publicadas no Sahovski Informator, Chess Base Magazine, New in Chess e Europe Échecs.

Em 2009 ele conquistou de maneira brilhante o Campeonato Brasileiro de Xadrez Absoluto, Vescovi terminou a competição com 8,5 pontos, resultado de sete vitórias, três empates e somente uma derrota. A segunda colocação ficou com o GM Gilberto Milos, que terminou invicto, com 8 pontos.

No ínicio de 2010, após ter feito um ano de 2009 muito bom, com a conquista de alguns torneios dentro e fora do país, Giovanni chegou aos 2660 pontos no ranking da FIDE, e foi conseideram o melhor enxadrista do Brasil, e o 64º melhor enxadrista do mundo. Em 2010, no fim do ano, ele conseguiu de maneira espetacular conquistar seu sétimo título brasielro de xadrez.

ARTIGO 300 (ANO I, Nº 29, DE 15 A 21 DE AGOSTO DE 2010).

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

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http://soxadrez.com.br/conteudos/enxadristas/index.php

SÉRIE: FAMOSOS ENXADRISTAS.


Jose Raúl Capablanca y Graupera.

Que ganhar elogios de outros enxadristas ao longo da vida como jogador de xadrez, sabe-se que é bem complicado, quase impossível de acontecer. A maioria dos enxadristas são de falar pouco, quase não se manifestam sobre outros jogadores. Capablanca foi, e é exceção.

Jose Raúl Capablanca y Graupera é reconhecido por quase todos os grandes enxadristas do mundo todo, como um dos maiores jogadores de xadrez do mundo, tanto na sua habilidade, tática, estratégia, e para alguns outros, ele era um gênio do tabuleiro.

Além de ser um enxadrista que de forma simpática, se comunicava muito bem com outros enxadristas, ele era reconhecido por ser uma pessoa muito acessível para se conversar. Mas se falarmos da sua vida como profissional do xadrez, saberemos o porque ele já foi chamado de gênio.

Ao contabilizarmos os primeiros 35 torneios que Capablanca particou, ele sempre variou entre primeiro e segundo lugar, nuca abaixo disso, e ao longo da vida, participou de 567 matches, e sofreu apenas 35 derrotas. Capablanca coneguiu estabelecer um recorde de ficar 8 anos sem uma única derrota, o cubano simplesmente não perdia, por mais habilidoso que fosse o adversário. Os únicos enxadristas que superaram essa marca de tanto tempo sem saber o que era uma derrota foram Fischer, Karpov e Kasparov.

A União Soviética é o grande celeiro de celebridades do xadrez. Os maiores enxadristas do mundo vieram de lá. Capablanca mudou essa escrita, e durante quase meio século foi dele, um ocidental, quem mandou no mundo do xadrez. O cubano conseguiu o feito de ser reconhecido por todos os cantos do mundo, coisas que até então era esclusiva dos sivéticos, no que se referia a xadrez. (além de Capablanca, o único ocidental que conseguiu tamanho reconhecimento foi Bobby Fischer, dos EUA).

A história de como ele começou no xadrez é diferente da histórias de tantos outros enxadristas. Ele aprendeu a movimentação das peças, por conta própria, aos quatro anos e aos doze derrotou o campeão de Havana num match. Aos dezoito, antes de participar de um grande evento internacional, derrotou o campeão norte-americano Marshall por 8 a 1. Devido ao notável resultado, foi convidado para o grande Torneio Internacional de San Sebastián, em 1911. O Dr. Bernstein, um dos participantes de renome, protestou contra a inclusão do desconhecido e, como nos contos de fada, Capa derrotou-o brilhantemente na rodada de abertura.

Tentando estabelecer-se como o desafiante de Lasker, Capa partiu então para uma excursão relâmpago na Europa, confrontando-se com os principais mestres em minidesafios de duas partidas. Venceu quase todos eles.

Lasker, sentindo o risco que seu título corria perante esse jovem e perigoso rival, conseguiu evitar o match, apesar do clamor público crescente, até que a Primeira Guerra Mundial encerrasse temporariamente as atividades do xadrez. Mas, com a volta dos torneios internacionais, o Clube de Xadrez de Havana fez uma oferta de 20000 dólares, que Lasker, empobrecido pela guerra, aceitou. Ele jogou todo o match apaticamente e Capa tornou-se campeão mundial por uma margem de 4 a 0 com dez empates numa série originariamente programada para 24 partidas.

ARTIGO 299 (ANO I, Nº 29, DE 15 A 21 DE AGOSTO DE 2010).

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

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http://soxadrez.com.br/conteudos/enxadristas/index.php

SÉRIE: FAMOSOS ENXADRISTAS.


Magnus Carlsen.

A nova geração de enxadristas que inicia o século XXI não poderia ser melhor representada, Magnus Carlsen é atualmante o que pode se chamar de gênio. Aos 21 anos de idade, conseguiu fazer o que muitas pessoas apreceadoras do xadrez apenas sonham nesta idade, ser campeão do mundo FIDE, e liderar o ranking, à frente de jogadores realmente brilhantes.

Ainda com seis anos de idade, Magnus era um dos muitos garotos na Noruega que não gostavam de xadrez, ou melhor, não gostavam porque nunca tinha jogado, seu esporte era mesmo o futebol.

Mas e como ele foi parar no Xadrez? De acordo com o pai de Magnus, desde muito criança ele já era extremanente inteligente, com dois anos de idade ele conseguia montar quebra-cabeças com 50 pessas em questão de minutos, conseguia construir cenários deslumbrantes com lego, coisas meio difíceis de acontecer com crianças dessa idade. Magnus sempre foi uma criança muito concentrada, torcedor do Real Madri, um dos maiores clubes de futebol do mundo, ele nunca se interessou por outra coisa senão futebol, até que com 6 anos de idade seu pai lhe apresentou o xadrez, ele não gostou nada, e chegou a dizer que ele jamais jogaria xadrez. Sendo assim, voltou aos treinos de futebol, como fazia diariamente num clube perto de sua casa, até que aos 9 anos de idade, ele começou a mostrar um interesse pelo jogo do tabuleiro.

O garoto começou a mostrar um domínio tão grande daquelas peças no tabuleiro, que fascinou seu pai. Estava surgindo um prodígio. De acordo com grandes especialistas, um dos motivos pelo qual Magnus atingiu tamanha soberania no jogo, foi seus treinos jogando xadrez no computador. Uma vez Garry Kasparov disse que, se você treina com pessoas melhores que você, você tende a aprender, com Magnus não foi diferente, ele treinava com um computador, que é muito melhor do que qualquer ser humano, afinal, um computador pode "pensar" em mais de 100 milhões de possibilidades de movimentos por segundo.

Bom, falado isso, vamos à vida profissional de Magnus. Alguns entendidos de xadrez, chegaram a dizer que Magnus é capaz de memorizar mais de 500 mil jogadas difertentes, o que o torna um jogador excepcional, de acordo com as estatísticas, ele consegue visualizar o tabuleiro com 20 jogadas a frente, o que lhe dá uma vantagem confortável contra seu adversário.

Com 13 anos de idade ele já participava de diversos torneios mundo a fora, até que um dia ele foi convidado para participar de um torneio onde reuniria grandes nomes do xadrez, entre eles, as lendas Karpov e Kasparov.

Após ter derrotado facilmente alguns dos adversários presentes no torneio, chegou a hora de jogar contra Anatoly Karpov, aquele que durante 10 anos se manteve como melhor jogador do mundo. Em uma partirda muito bem disputada, Magnus mostrou a Karpov toda a sua diversidade de jogadas, o mestre do xadrez não acreditava no que estava acontecendo, ele estava perdendo para uma criança de 13 anos de idade. Após mais alguns movimentos, eis a surpresa, xeque-mate em Karpov. Fim de jogo, Magnus venceu.

O próximo adversário era ninguém mais, ninguém menos do que Kasparov. Os dois sentaram-se à mesa e foram ao jogo, após inúmeras jogadas, e duas horas de jogo, um resultado surpreendente, o jogo termina empatado. Kasparov se encantou tando com o que viu que, um dia após ter tido o empate, ele se ofereceu para treinar o garoto, ajudar a aprimorar suas técnicas. Juntando a visão que Magnus tinha do xadrez, com a ajuda de Kasparov, ele se tornou praticamente invencível.

No dia 26 de abril de 2004, ele alcançou o título de Grande Mestre, um dos títulos mais esperados por um enxadrista. Ainda mais quando se é um enxadrista de 13 anos de idade.

Ao longo de sua vida como profissional, seus melhores resultados (até dezembro de 2011) foram esses:

- Torneio de Linares em 2007, ficou em segundo lugar.
- Festival de Biel, também em 2007, ficou em primeiro lugar.

O torneio que foi disputado em Londres, no fim de 2009 tem o gosto mais especial para Magnus, pois ele conseguiu derrotar o grande astro do xadrez, o russo VladimirKramnik com um ponto de diferença, e foi essa vitória que o colocou no lugar mais alto do ranking da FIDE. Com isso, Magnus se tornou o enxadrista mais novo da história a se tornar o número 1, com 19 anos de idade.

ARTIGO 298 (ANO I, Nº 29, DE 15 A 21 DE AGOSTO DE 2010).

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SÉRIE: FAMOSOS ENXADREISTAS.


Ruslan Ponomariov.

Recebendo o título de Grande Mestre Internacional com apenas 14 anos de idade, o ucraniano Ruslan Ponomariov tornou-se o mais jovem enxadrista a receber este título, feito que até hoje ninguém conseguiu superar.

Ruslan foi um dos garotos prodígios da sua época, conseguiu feitos que quase ninguém poderia imaginar que algum enxadrista poderia fazer com tão pouca idade.

Filhos de um pai engenheiro e uma mãe professora, Ruslan foi criado em um ambiente altamente propício ao xadrez, à noite, seus pais jogavam longas partidas, algo que foi chamando a atenção de Ruslan. Em contrapartida, sua irmã em nada se interessava pelo jogo.

Vendo o interesse de seu filho, o pai de Ruslan começou a ensiná-lo a jogar até que ele soubesse todos os movimentos básicos e outras coisas simples para um iniciante em xadrez. Foram vários meses treinando até ele ter a sua primeira disputa oficial. Ruslan participou de um torneio que reuniu 128 jogadores, era o Campeonato Mundial Individual Absoluto da Fide, realizado em 2001, e a primeira fase desse campeonato seria realizada em Moscou, tendo a duração de 3 semanas.

Ruslan venceu esse torneio, e juntamente com outros resultados obtidos em torneios diferentes, ele veio a tornar-se o número 19 do mundo no ranking da FIDE. Mas ser o décimo nono do mundo ainda não era o seu grande feito, seu grande feito aconteceu com 18 anos de idade, quando ele simplesmente conquistou o título mundial, e tornou-se então, o enxadrista mais novo da história a ser campeão do mundo de xadrez.

O Campeonato Mundial foi disputado na Rússia, na cidade de Moscou, entre os dias 16 e 23 de janeiro de 2002. Reuniram-se os melhores jogaderes do mundo, e por ter uma boa colocação no ranking, Ruslov também participou.

Até chegar a grande final, Ruslov foi empilhando vitórias, deixando jogadores experiente de queixo caído com as habilidades do jovem ucraniano. As vitórias foram tantas, que obviamente ele conseguiu chegar na final do campeonato, e seu adversário era Vassily Ivanchuk.

Após ter ganho o título, Ruslan deu uma entrevista a uma revista russa, na qual disse que, no momento da decisão, ele deveria mostrar ao mundo que poderia ser melhor que Kramnik e Kasparov. Pode ter sido um pouco de demazia da sua parte, se comparar a Kasparov, mas veradade é, que ele não só conquistou o título mundial, como deu uma aula de xadrez para o mundo todo. Ele venceu seu compatriota por 4,5 a 2,5 pontos.

Entretanto, o jovem ucraniano mostrando altou grau de discernimento estava convicto que somente chegou à decisão devido ao sistema atual de disputa do mundial, em matches eliminatórios. Ele considerou que “em outro sistema de disputa seria muito difícil para mim, com apenas 18 anos, estar jogando uma final de mundial”.

De acordo com os especialistas que assistiram a partida da final naquele dia, disseram que Vassily Ivanchuk havia sido muito mais criativo,e tinha feito melhores jogadas ao longo do jogo, porém, teve um problema muito sério, que alguém que deseja ser campeão não pode ter, ele ficava nervoso a cada jogada importante. Se aproveitando disso, Ruslan começou a ganhar terreno e por fim deu o tão temido xeque-mate.

ARTIGO 297 (ANO I, Nº 29, DE 15 A 21 DE AGOSTO DE 2010).

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SÉRIE: FAMOSOS ENXADRISTAS.


Alexey Shirov.

Alexey Shirov, assim como todos os grandes enxadristas, começou a demonstrar suas habilidades ainda jovem, não tão jovem quanto Kasparov e Karpov, por exemplo, mas sua carreira se consolidou enquanto ele era ainda um iniciante no mundo do xadrez, um imiciante muito habilidoso, diga-se de passagem.

Shirov entrou para o cenário mundial do xadrez em 1988, quando aos 16 anos de idade ele venceu o torneio Sub-16, fazendo partidas brilhantes e jogadas precisas. Dois anos depois, em 1990, ele chegou até a final do torneio Sub-20, porém, dessa vez ele não conseguiu sair como campeão, ficou com um digno e merecido segundo lugar.

Como manda a tradição, um enxadrista só se torna realmente bom depois que se torna um Grande Mestre, e Shirov não fugiu disso, devido a suas partidas magnificas, em 1992 ele recebeu o título de Grande Mestre Internacional.

Após receber esse título, uma sequencia de grandes vitórias entrou na vida de Shirov, foram várias partidas que o seu brilhantismo entrou em ação e fez várias vítimas nos tabuleiros. Em um curto espaço de tempo ele empilhou várias vitórias em torneios, são elas:

- Torneio de Biel em 1991;
- Torneio de Madrid em 1997;
- Torneio Ter Apel em 1997;
- Torneio de Monte Carlo em 1998;
- Torneio Mérida em 2000;
- Torneio Memorial Paul Keres em Tallinn em 2004 e 2005.

No ano de 1998, um pouco antes do torneio de Monte Carlo, Alexey Shirov chegou ao quarto lugar do ranking da FIDE, quarto lugar esse, que possibilitou ele a disputar inúmeras partidas contra os mais importantes enxadristas do mundo. A partida mais esperada que deveria ter acontecido era contra o fenômeno Garry Kasparov, o líder absoluto do ranking da FIDE, porém, por falta de patrocineo Shirov não pode fazer a disputa.

Em 2000, Shirov alcançou a final do Campeonanto do Mundo da FIDE em que perdeu para Viswanathan Anand.

Entre Maio e Junho de 2007 Alexei Shirov jogou o Torneio de Candidatos relativo ao Campeonato do mundo de 2007, vencendo na primeira ronda Michael Adams (+1-1=4, vencendo num playoff de rápidas) mas sendo eliminado na segunda, ao perder com Levon Aronian (+0-1=5).

Entrando nos méritos da sua vida pessoal, Shirov casou-se em 1998 com uma argentina chamada Verónica Alvares, logo após o casamento eles mudaram-se para a Espanha, na cidade de Tarragona, lá, Shirov conseguiu a sua cidadania espanhola. Após alguns anos de casado, Shirov e sua esposa se divorciaram, e ele voltou a morar na Letônia, país onde nasceu, ainda assim, ele continuou defendendo a Espanha nos torneios de países. Após dois anos morando no seu país natal, Shirvos casa-se com Viktorija Čmilytė, uma excelente Grande Mestre da Letônia.

ARTIGO 296 (ANO I, Nº 29, DE 15 A 21 DE AGOSTO DE 2010).

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SÉRIE: FAMOSOS ENXADRISTAS.


Boris Spásski.

Boris Spásski protagonizou junto com Bobby Fischer em 1972 uma das maiores partidas de xadrez de todos os tempos, a partida terminou com derrota de Boris, mas os dois jogadores foram implacáveis, muitos especialistas e apreciadores de xadrez dizem que aquela partida deveria ter terminado em um empate, mas no fim, um dos dois teve que vencer.

Spásski obeteve êxito no xadrez ainda muito jovem, teve todo seu talento reconhecido pela Federação Soviética de Xadrez quando deram a ele a oportunidade de participar de uma seletiva para um torneio internacional fora da URSS, antes mesmo de ter conseguido disputar uma final do Campeonato Nacional.

O torneio internacional que Boris participou foi em Bucareste, no ano de 1953, e para surpresa de todos, ele teve uma estréia histórica derrotando Smyslov, e já nessa época uma coisa já podia se ver no habilidoso jovem, ela costumava ficar muito nervoso nas horas decisivas.

Durante boa parte da década de 50, o mundo do xadrez esperava que não demorasse muito para Boris Spásski tornar-se campeão, mas eis que seu nervosismo assumiu o controle em alguns dos momentos mais crucais. Devido a sua falta de controle, ele deixou de vencer partidas que estavam praticamente ganhas nos campeonatos siviéticos entre os anos de 1958 e 1961.

A crise pessoal que Spásski atravessou por volta de 1960 - ele rompeu com seu antigo treinador, foi proibido de viajar por um ano por seu mau comportamento nas Olimpíadas Estudantis de Xadrez e divorciou-se de sua primeira mulher - resolveu-se por um tempo quando ele conseguiu um novo técnico, o calmo e frio Bondarevski. Spásski conseguiu vencer as eliminatórias para o título mundial e jogar o match contra Petrossian em 1966, mas perdeu; ainda não estava suficientemente maduro para ser campeão mundial. Em 1969, derrotou Petrossian nas partidas finais da série, e a vitória chave vale como um exemplo do estilo agressivo de Spásski - controle do centro seguido da entrada das peças pelas linhas abertas.

Quando finalmente veio o grande título mundial, poucas coisas foram como o esperado. Spásski não teve preparo para ser o melhor do mundo,e por fim, ter conquistado o título mundial acabou o atrapalhando. Após ter o título, quase todas as partidas que ele fez foram medíocres, tendo perdido a maioria delas, com excessão de uma, uma partida disputada contra Bobby Fischer em 1970, nas Olimpíadas de Xadrez.

Após essa partida, era incomum uma vitória de Spásski. Deixou de comparecer em diversos torneios, e em pouco tempo já não dentinha mais o título de Campeão do Mundo. Por conta do seu mau comportamento, perdeu sua posição invejável na sociedade soviética; eliminado das duas séries seguintes pelo título por Karpov e Kortchnoi, radicou-se com sua esposa francesa - a terceira - nas proximidades de Paris, onde depois veio a naturalizar-se.

Parece paradoxal falarmos de um campeão mundial como um talento desperdiçado, mas os dons naturais de Spásski para o xadrez eram tais que ele deveria ter conquistado o título muito antes e deveria tê-lo mantido por um período maior. Há um toque de preguiça e outro de indecisão em sua constituição mental; com a dedicação ao xadrez de, por exemplo, Alekhine ou Tal, Spásski poderia ter sido um dos maiores campeões de todos os tempos.

ARTIGO 295 (ANO I, Nº 29, DE 15 DE AGOSTO DE 2010).

SÉRIE: FAMOSOS ENXADRISTAS.

Nigel David Short.

Até o aparecimento de Nigel David Short no mundo do xadrez profissional em 1984, a Inglaterra jamais havia tido um enxadrista tão habilidoso.

Nigel nasceu em 1965 na cidade de Leigh, condado de Lancashire. O gosto pelo xadrez sempre foi desde pequeno, pois sempre teve como ídolos grande enxadristas soviéticos. Nigel passou praticamente a infância toda treinando, praticando e se esforçando ao máximo para ser o melhor, ou pelo menos tentar ser o melhor.

Uma das grandes conquistas de Kasparov tem a mão de Nigel por trás. Era ele o treinador de Kasparov no Campeonato Mundial Juvenil que Kasparov faturou. Quando chegou sua vez de competir forte entre vários bons enxadristas, ele não fez feio, e em 1984 conquistou um o título de Grande Mestre.

Entre seus melhores resultados se encontram seus primeiros lugares no Aberto de Amsterdan 1982 (empatado com Hort; Baku, 1983, Esbjerg, 1984; e Wijk ann Zee, 1986, onde superou a Ljubojevic e Van der Wiel; Hastings 1987-88 e Hastings 1988-89.

Dificilmente seus feitos no xadrez serão esquecidos na Inglaterra, pois em 1985, um ano após ter conquistado o título de GM, ele se torna o primero jogador representando a Inglaterra a se classificar para o Torneio de Candidatos, que aconteceu na França.

Seu melhor ano foi 1991. No ciclo de Candidatos eliminou seu compatriota Jonathan Speelman e ganhou o Torneio de Amsterdan, empatado com Salov e a frente de Karpov , Kasparov, Korchnoi e Timman. Um ano depois eliminou a Karpov na Semi-final dos Candidatos, primeiro, e a Timman depois, na final. Isto lhe deu o direito de enfrentar Kasparov, no Campeonato do Mundo da PCA que se realizou em Londres.
Depois de cair ante ao russo, deu a impressão de encontrar-se em má forma, o que foi desmentido por suas apresentações seguintes em diferentes torneios, onde conseguiu vitórias sólidas e mostrou ser realmente o melhor da Inglaterra.

ARTIGO 294 (ANO I, Nº 28, DE 15 A 21 DE AGOSTO DE 2010).



Ainda criança Kasparov já demonstrava grande interesse por jogar xadrez, afinal, ele nasceu na URSS, o berço dos maiores enxadristas do mundo, e como não poderia fugir da escrita, eis que ele se torna o maior dos enxadristas soviéticos.

Garry ficou conhecido por ser possuidor de um estilo agressivo, fulminava seus adversários sem piedade, e fazia isso com 10, 11 anos de idade, sua técnica era perfeita. Por ver seu real interesse no jogo, seus pais o colocaram pra estudar na escola de Botvinnik, uma das escolas de xadrez mais famosas da Rússia.

Ainda com 11 anos de idade, ele começou a mostrar ao mundo seus dotes. Participou de um campeonato no estilo simultâneo com relógio, entre os participantes estavam Karpov e Kortchnoi, os dois ficaram muito surpresos, pois Kasparov embora tivesse apenas 11 anos de idade e pouca experiência no xadrez, deu muito trabalho para os dois experientes enxadristas.

Após esta apresentação, as próximas apresentações de Kasparov geraram espectativas em todos os amantes do xadrez, mas o resultado que ele obeteve não valeu toda a espectativa criada. ele fez duas participações no campeonado mundial de juinores, uma vez com 13 anos de idade e outra com 14, porém, Kasparov foi mal, e logo foi eliminado, nas duas competições.

Esporádicamente se ouvia falar alguma coisa sobre Kasparov, em alguns lugares do mundo ele começava a se sobressair nas principais disputas de xadrez, mas o melhor estava por vir, no ano de 1978 Kasparov participou de um torneio que era considerado o segundo mais forte da União Soviética, tal torneio era apenas para participantes convidados pelos organizadores, o torneio era chamado de Sokolsky Memorial. Após essa significativa conquista, ele foi participar um outro iportante torneio na Suíça com outros 63 participantes, todos variando entre mestres e grandes mestres.Sua estréia causou um rebuliço internacional: obteve 50% dos pontos possíveis e derrotou o candidato ao título mundial, Polugaievsky, com um criativo sacrifício de bispo.

A Federação Soviética de Xadrez ficou extasiada, há muito que não viam um jovem tão talentoso como Kasparov, por esse motivo o mandaram para um dos torneios mais fortes do mundo, na Iuguslávia em 1979. Kasparov chegou para participar com uma autoridade que poucos enxadristas possuem, entretanto, tudo não passava de autoconfiança, afinal, ele ea o único não classificado como grande mestre.

Pessoas que viram o grande astro do xadrez, Bobby Fischer jogar, não acreditavam no que viam, em pouco tempo Kasparov havia superado Fischer no torneio iuguslavo. Foi durante o acontecimento deste evento que Kasparov adquiriu a condição de mestre internacional, e o mais incrível, com cinco rodadas a frente de seus adversários. As marcas principais nesse evento histórico foram: Kasparov (URSS) 11,5 em 15 pontos possíveis; Smejkal (Checoslováquia) e Anderson (Suécia) 9,5, Petrossian (URSS) 9,0. No verão de 1980, Kasparov venceu em o torneio iuguslavo na cidade de Baku e tornou-se o grande mestre mais jovem do mundo.

Uma das pessoas que mais acreditavam e davam apoio a Kasparov era seu tecnico, que desde o inicio da carreira de seu pupilo, via nele um grande talento. Botvinnik, então tecnico de Kasparov chegou a dizer uma entrevista coletiva certa vez, que Kasparov já seria campeão do Mundo já em 1990, com essa declaração Botvinnik foi fortemente criticado, por "menosprezar" os outros ilustres enxadristas do mundo.

Quando as perguntas iam diretamente para Kasparov ele era categórico em dizer o seguinte; Ele ainda não se via com capacidade o suficicienta para conseguir ganhar um título mundial, pois considerava sua defesa durante o jogo muito fraca, e algumas posições simples precisariam ser revistas.

Kasparov era literalmente uma pessoa surpreendente, no Campeonato Soviético de Banja Luka, ele apavorou a todos ao começar a partida com e4, d4 e c4. Essa jogada nas mãos de muitos enxadristas teria sido um suícidio. Kasparov começou a ficar com tanto prestígio que, após cada partida havia um jornal que publicava suas jogadas, e todas elas comentadas pelo próprio Kasparov. Esses jornais ainda existem, e estão expostos em vários museus pelo mundo.

Parece claro que Kasparov não teme adotar linhas cruciais em aberturas excessivamente analisadas. Quando ele o faz, costuma revelar evidências de seu próprio trabalho caseiro. Se a partida se torna uma confusão tática, ele consegue abrir caminho entre as complicações e descobrir uma linha que dê maiores dificuldades para seu adversário. Kasparov também superou o recorde histórico do Fischer ao estabelecer a maior marca de rating FIDE. Devido a uma discussão com o presidente da Federação Internacional de Xadrez (FIDE), Kasparov perdeu o título para seu rival Anatoly Karpov, coisas de campeão.

ARTIGO 293 (ANO I,Nº 29, DE 15 A 21 DE AGOSTO DE 2010).

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SÉRIE: FAMOSOS ENXADRISTAS.


Darcy Gustavo Machado Vieira Lima.

Darcy é um dos maiores enxadristas brasieleiros, dono de uma carreira de sucesso no xadrez, é detentor do título de Grande Mestre Internacional desde 1999.

O enxadrista brasileiro conseguiu ganhar o Campeonato Brasileiro Absoluto de Xadrez nos anos de 1992 e 2002. No seu cartel encontra-se além desses dois títulos, um campeonato sul-americano, na qual ganhou com relativa folga do seu adversário. O ano de 2000 entrou pra sua história, quando participou pela primeira vez de um torneio internacional, realizado na Índia, ele não venceu, mas entre os sul-americanos ele teve a melhor colocação, suas atuações foram crescendo, até que em 2002 ele conseguiu nova classificação para outra edição do Mundial.

No Brasil, desde jovem ele sempre foi a favor de maior incentivo para o xadrez nas escolas e demais lugares onde o xadrez é desconhecido, pois ele entende que aprender xadrez ajuda muito no desenvolvimento mental das pessoas, sendo assim, quanto mais cedo aprender, melhor será o desenvolvimento mental. Em 2003 teve o apoio do Ministério do Esporte, em um projeto oficial de massificação da modalidade em todo o Brasil.

Em todo território onde pisa, Darcy Lima é reconhecido pela simpatia e acessibilidade com que trata todos que vem até ele, seja para falar de assuntos políticos relacionados à modalidade, quanto qualquer outro assunto. Vários são os projetos apresentados a ele para que seja realizado torneios de Xadrez em todo território nacional, afinal, ele é o presidente da Confederação Brasileira de Xadrez.

O ano de 2003 foi um dos mais importantes da vida profissional de Darcy, venceu o torneio Zonal 2.4 da FIDE e classificou-se para o Campeonato Mundial. Logo após a classificação, ele disputou mais uma vez o campeonato brasileiro de xadrez, quando tornou-se bicampeão brasileiro absoluto, e foi apontado pelo conceituado site russo Chess Siberia como o melhor jogador do mundo em setembro daquele ano.

Ele conseguiu feitos incríveis, como ser um dos únicos sul-americanso a chegar em quatro finais de campeonato mundial, nos anos de 2000, 2004, 2005 e 2007.

ARTIGO 292 (ANO I, Nº 28, DE 15 A 21 DE AGOSTO DE 2010).

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SÉRIE: FAMOSOS ENXADRÍSITCAS.


Fedor Parfenovich Bohatirchuk.

Fedor Parfenovich Bohatirchuk foi um dos enxadristas que mais teve funções paralelas ao amor pelo xadrez. Fedor era radiologista, trabalhou durante anos em vários hospitais de Kiev, cidade na qual ele divulgou para o mundo nos diversos torneios de xadrez que disputou. De origem russa, ele foi um dos maiores Grandes-Mestre que a Rússia viu na sua épca.

Fedor também foi um diretor de extrema importância no Instituto de Pesquisas de Kiev, onde até hoje ele é homenageado todo ano.

Um dos mais talentosos enxadristas russos, participou de 6 campeonato da Rússia Soviética, ficando empatado em 1º lugar no ano de 1927 com Peter Romanovsky, em 4 outras ocasiões partilhando o 3º lugar.

Como já foi dito anteriormente, Fedor tinha mais ocupações além do xadrez, eleas ficaram evidentes no ano de 1938. Neste ano Fedor conquistou um importante segundo lugar em um torneio que classificava para o torneio mundial de xadrez, porém, mesmo com a classificação, ele não quis jogar a final, pois entendia que ele estava deixando de lado sua profissão de diretor do Instituto de Pesquisas, essa decisão contrariou os burocratas do regime, e Bohatirchuk, sempre crítico do Stalinismo, passou a ser visto como desistente.

O futuri de Fedor era realmente inesperado, em 1941 teve que deixar Kiev, pois com o avanço da 2ª Guerra Mundial, foi se refugiar em Berlim, onde trabalhou no Instituto Alemão de Pesquisa Média, durante o tempo que ficou por lá, nunca teve um paradeiro fixo, vivia em constante movimentação. Em 1945, em uma Bayreuth tomada por tropas dos Estados Unidos, conseguiu então, juntar-se a sua família.

Após um tempo vivendo com sua família, foi morar em Munique e finalmente voltou a jogar xadrez, só que dessa vez usando o nome de Bogenki, para despistar os siviéticos. E funcionou.

Emigrou para o Canadá em 1949, naturalizou-se e disputou alguns torneios, dentre os quais a Olimpíada de 1954. Arrumou tempo também para dedicar-se ao xadrez epistolar, tendo ganho o título de Mestre Internacional Postal em 1967.

ARTIGO 291 (ANO I, Nº 29, DE 15 A 21 DE AGOSTO DE 2010).

SÉRIE: ENXADRISTAS FAMOSOS.

Bent Larsen

Embora nunca tenha conquistado um título mundial, Bent Larsen foi um dos principais enxadristas da Dinamarca e um dos mais fortes jogadores do mundo.

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SÉRIE: FAMOSOS ENXADRISTAS.
Nos jogos de Larsen, normalmente ele costumava surpreender seus adversários com aberturas um pouco diferentes, fora do normal de uma abertura, bem dizer, a cada nova partida ele inventava uma abertura, não só pelo fator surpresa, mas também porque acredita que elas são perfeitamente sólidas e subestimadas pelos outros grandes-mestres.

Assim, ressuscitou a abertura Bird, 1. e4 e5 2. Bc4, e também a que hoje costuma ser chamada de abertura Larsen, 1. b3.

Bent Larsen foje em muitos aspectos das caracterísitcas de jogo de outros Grandes Mestres, suas principais jogadas de ataque acontecem pelo meio, entretanto, existem mais jogadas pelos flancos do que qualquer outro Grande-Meste, e ele fazia isso por um motivo que ele fazia questão em explicar: "o ataque pelo lado tem menos chances de levar a uma simplificação e ao empate, e se falhar ainda há tempo para reagrupar as peças."

Porém, os ataques de Larsen pelos flancos não consistem numa desastrada corrida de peões e sim em combinações com peças pesadas. Uma de suas favoritas reúne a dama, o cavalo e o peão h para atacar um rei que tenha feito o roque; a outra conjuga a dama, uma torre e um bispo a longa distância.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ARTIGO 290 (ANO I, Nº 28, DE 08 A 14 DE AGOSTO DE 2010).

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SÉRIE: FAMOSOS ENXADRISTAS.

Robert James Fischer.

Sem dúvida, este é o maior nome do xadrez dos Estados Unidos. Apesar do xadrez ser mundialmente conhecido por ter seus grandes jogadores na União Soviética e Rússia, Bobby Fischer, como é conhecido, quebrou esse paradigma e entrou pro Hall da Fama do xadrez.




Ao longo de toda sua carreira, Bobby foi uma das pessoas mais polêmicas dos Estados Unidos, seu ego era algo quase inalcançável. Bobby Fischer juntava verdadeira multidões para assistirem suas partidas, e todos ficavam alucinados com o que viam, Bobby era brilhante, ele derroutou praticamente todos os Grandes Mestre do mundo em sua vitoriosa carreira.

É considerado uma lenda, embora faça muitos anos que ele parou de jogar, seu legado é gigante, e muitos novos enxadristas se inspiram no seu estilo de jogo. Ele é o detentor do rating mais alto da FIDE-Elo, com uma pontuação de 2870, baseado em todos os seus resultados ao longo da carreira de enxadrista profissional.

Bobby teve um aprendizado de xadrez muito precoce, aos seis anos de idade ele aprendeu os movimentos de cada peça, a pontuação de cada uma, mas até então, xadrez era apenas um passatempo. Sua primeira grande oportunidade como jovem enxadrista veio quando sua mãe decidiu instalar-se no Brooklyn.

Na época da mudança de Bobby para o Brooklyn, o xadrez nos EUA estava virando mania nacional, motivado por clubes, como o Manhattan e o Marshall, que eram exclusivamente dedicados ao jogo, foi convivendo em ambientes estimulantes assim, que Robert James Fischer se modelou para transformar-se no melhor dos melhores nos EUA, por muito tempo ele estudou o modelo de jogo dos soviéticos, o xadrez mais vencedor do mundo. Foram vários anos treinando nesses lugares, todos os dias disputando partidas com frequentadores diferentes desses clubes.

O resultado desse treinamento intensivo e do total abandono dos estudos escolares para dedicar-se ao xadrez foi uma conquista única em torneios: Fischer tornou-se campeão masculino dos Estados Unidos aos catorze anos de idade.

Provavelmente, naquela época Fischer não sabia quão íngremes eram os degraus restantes para o título mundial, detido então pelo envelhecido Botvinnik, quando se qualificou para o Torneio de Candidatos na primeira tentativa e se tornou, aos quinze anos, o grande-mestre mais jovem de todos os tempos. A sólida falange dos soviéticos superou facilmente seu rival menos experiente em 1959 e 1962 e Fischer requisitou então, com sucesso, que o sistema fosse modificado, passando de um torneio para uma sésie de eliminatórias entre os oito desafiantes finais. Foi com esse novo sistema que, em 1971, ele passou por todos os seus rivais e derrotou Spásski no ano seguinte.

Um dos pontos que mais chamavam atenção em Bobby, era que ele usava de sua fama e sua praticamente invencibilidade, para pedir caches enormes para participar de eventos, seus patrocinadores na época gastaram um bom dinheiro para bancar sua presença nos mais diversos torneios. Tanto o match projetado contra Karpov quanto a partida de retorno contra Gligoric em 1979 - que também não deu em nada - sairiam por um milhão de dólares ou mais.

Uma das coisas mais estranhas da brilhante carreira de Bobby Fischer, é que ele abandonou o xadrez no auge, era o melhor enxadrista do mundo, praticamente invencível, e de uma hora pra outra ele abandonou, tudo leva a acreditar que foi porque seus patrocinadores não estavam mais dispostos a bancar verdeiras fortunas para ele, sendo assim, Bobby largou o xadrez profissional.

Entre 1966 e 1970, encontrava-se praticamente aposentado, mas quando apareceu no "Match do Século", em que o time soviético venceu por pouco um selecionado do resto do mundo, jogou imediatamente uma partida digna de seu estilo contra Petrossian.

ARTIGO 289 (ANO I, Nº 28 DE 08 A 14 DE AGOSTO DE 2010).

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SÉRIE: ENXADRISTAS FAMOSOS.


Alexander Khalifman (Akita Rubinstein).

Alexander Khalifman foi um dos maiores GM da Rússia. Ao final da década de 70 e início de 80 ele aprendeu a jogar xadrez, foram praticamente 14 anos de prática de xadrez até conquistar o importante título de Grão Mestre, em agosto de 1999, quando conquistou de forma inquestionável o torneio mundial oficla da FIDE, em Las Vegas.

Entretanto, esse é o único título internacional que ele tem em seu currículo, pois por mais que ele se interessasse em xadrez, ele acabou se envolvendo com outras atividades, claro, todas relacionadas ao xadrez, mas foi parando gradualmente de competir, e sempre que competia, não conseguia mais jogar no nível de 1999.

Um dos motivos que foram tirando Alexander dos mundos das competições de xadrez, foi que ele se viu muito concentrado no desenvolvimento da Escola de Grandes Mestres de São Petersburgo, na Rússia.

Seu estilo de jogo não é bem definido, mas se destaca por seu forte caráter e nervos moderados, que o fez sobrepor-se a situações muito delicadas, já que esteve várias vezes a ponto de ser eliminado em Las Vegas. Khalifman foi para Linares 2.000 como campeão do mundo e exigiu aos organizadores que o tratassem de acordo com o título que alcançara. Porém, devido a seus resultados de um modo geral, com certeza seria derrotado pelos outros oponentes, já que apresentava o rating mais baixo que todos os outros 6 participantes. Deste modo seria desvalorizado o título oficial da FIDE seriamente.

Alexander ainda joga xadrez, mas apenas para demonstração, na Escola de Grandes Mestres, nunca mais participou de eventos oficiais.

Alexander é mais conhecido como Akita Rubinstein.

ARTIGO 288 (ANO I, Nº 28, DE 08 A 14 DE AGOSTO DE 2010).

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SÉRIE: ENXADRISTAS FAMOSOS.


Akita Rubinstein.

Akita Rubinstein nasceu no ano de 1882 na cidade de Stawiski, na Polônia, entre doze irmãos ele era o mais novo. O grande objetivo de seus pais para o futuro de Akita, era que ele se tornasse rabino. Ainda criança, ele chegou a frequentar algumas aulas para a preparação para se tornar um, o que seria o primeiro rabino da família, extramamente religiosa, o que seus pais não esperavam, é que o xadrez entraria na vida de Akita, e lá, não haveria lugar para outra coisa.

Akita aprendeu a jogar xadrez quando tinha 16 anos de idade, jogava constantemente com amigos que já praticavam há algum tempo, e após vários anos de desenvolvimento técnico, explodiu na cena internacional e foi um dos jogadores mais fortes de 1905 a 1911. Tornando assim um dos maiores orgulhos de seus pais, que até então, ainda sentiam um certo ressentimento por o filho não ter seguido a vida religiosa.

No início de 1912, em fevereiro, para ser mais exato, um cicli de torneios de xadrez iria começar, e claro, Akita Rubinstein estava inscrito em todos eles, o polones não só participou de todos, como venceu cinco deles, de forma consecutiva. O povo da Polônia foi à loucura, e 1912 ficou conhecido como Ano de Rubinstein.

A disputa mais esperada que o povo aguardava para ver, era de Akita contra Lasker, os dois mairoes enxadristas da época, entretanto, passado o tempo, tal disputa nunca aconteceu. Na sequência vários problemas culminaram com o fim do sonho de Akita de seguir no xadrez, foram eles: - O ínicio de profundos problemas psicológicos que mais tarde transformaram-se em doença mental; - O aparecimento do gênio cubano Capablanca;
- O advento da primeira guerra mundial;

Esses foram os problemas que deram um fim nas esperanças de Akita de chegar ao título mundial. Entretanto, mesmo com esses problemas todos, ele seguiu forte entre os melhores jogadores do mundo até 1921, porém, ele não foi forte o bastante para lidar com sua forte timidez, o que ocasionou um descontrolado problema de deseintegração gradual de capacidade xadrezísta.

Em 1932, abandonou os torneios e passou os seus últimos anos, até à sua morte em 1961, com a família na Bélgica. O estilo Rubinstein forma uma ponte entre o de Steinitz e o dos mestres actuais. Domínio nas aberturas, profundo conhecimento das consequências das diversas estruturas de peões e uma habilidade insuperável para os finais de peões faziam parte do seu repertório.

ARTIGO 287 (ANO I, Nº 28, DE 08 A 14 DE AGOSTO DE 2010).

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SÉRIE: ENXADRISTAS FAMOSOS.


Anatoly Karpov.

Karpov é um dos maiores enxadristas que o mundo viu atuar no século XX. Ele venceu os maiores enxadristas, os maiores torneios e ficou no topo do ranking da FIDE por vários anos.

Anatoly Karpov nasceu em uma cidade pequena chamada Zlatoust. Aprendeu os primeiros movimentos de Xadrez ainda com quatro anos de idade, embora os grandes centros de aprendizagem de Xadrez ficassem na União Soviética, Karpov aprendeu, e aprendeu muito bem moviemntos, táticas, estratégias, e ao longo dos anos se tornou um jogador completo.

Quando Karpov completou 11 anos de idade, ele já jogava Xadrez tão bem, que já estava cotado para ser considerado mestre. O gênio do tabuleiro mostrou ao mundo sua astúcia no jogo quando foi convidado por engano para participar de um torneio de Xadrez, na época com 15 anos. Os russos acharam que o convite era para um torneio infanto-juvenil de xadrez, que seria disputado na Tchecoslováquia. A partir daí, Karpov venceu o Campeonato Mundial de Juniores, conquistou o título de grande-mestre e um lugar na série de 1972-75 para decidir o desafiante de Fischer. Teve sucesso em sua primeira tentativa, derrotando Spásski e Kortchnoi e conquistando o título quando Fischer se recusou a jogar.

Ao longo dos anos, Karpov ficou conhecido por ser o jogador que mais liderou torneios. E graças a uma maneira muito peculiar de jogar xadrez, diferentemente de muitos enxadristas do mundo inteiro, Karpov é um especialista é fim de jogo, se tratando de finalizar um jogo, Karpov é literalmente, um grande mestre.

Karpov tem uma derrota na sua história, que é quase incrível de se acreditar, mas aconteceu, a partida já estava durando mais de 6 horas, Karpov já estava visivilmente esgotado, enquanto seu rival, (maior rival, diga-se de passgem), Kortchnoi esbanjava confiança, Karpov não conseguia mais analizar racionalmente os movimentos e por fim acabou sendo derrotado. Essa partida aconteceu em 1978. No início dos anos 80, Karpov ganhou o rótulo de um dos Grandes Mestres mais difíceis de ser derrotado.

Embora Karpov mantenha uma expressão séria, beirando a arrogância durante suas partidas, tudo não passa de mera concentração. Na sua vida pessoal ele é conhecido por ser um sujeito calmo, sem vícios, e é bastante reservado, não se sabendo muito sobre a sua vida pessoal. Casou-se no verão de 1979 com uma secretária da Universidade de Leningrado (apesar de o xadrez ter uma reputação de atividade essencialmente solitária, todos os campeões mundiais, com exceção de Fischer, eram ou se tornaram homens casados).

Como falado anteriormente, o grande trunfo de Karpov contra seus adversários é a segunrança e precisão que ele tem aos momentos que antecedem o final da partida. Em uma entrevista dada em Londres, em 1972, enxadristas de clube perguntaram: "O que você aconselharia para aperfeiçoarmos nosso jogo? Estudamos bastante as aberturas e também jogamos bastante". "Mas não estudam os finais?", perguntou Karpov. "Façam o contrário - estudem os finais!"

Anatoly Karpov é um dos grandes gênios da manipulação do final de torre e bispo contra torre e cavalo, entretanto, ele não chega a ser considerado o precursor nesse tipo de habilidade, além dessa combinação, ele manuseia com extrema precisão os movimentos de cavalo contra bispo, no momento em que isso se torna mais apropriado durante o jogo.

Em Montreal, 1979, Karpov dividiu o primeiro lugar com Tal num dos torneios mais importantes promovidos até hoje, com prêmios no valor de 50 000 libras, sendo 12 500 para o vencedor. Neste evento, Karpov jogou uma partida onde demonstrou, primeiramente, a superioridade do bispo contra o cavalo e, em seguida, a vantagem do cavalo sobre o bispo.

ARTIGO 286 (ANO I, Nº 28, DE 08 A 14 DE AGOSTO DE 2010).

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Aaron Nimzowitsch.

A vocação de Aaron para ser um grande enxadrista veio de seu pai, que também era um exímio jogador, com a diferença de que ele nunca se envolveu seriamente com a causa do Xadrez, digamos assim. Aaron era judeu, e ao completar 13 anos de idade, como manda a tradição judaica, fez seu bar-Mitzvá. E sendo assim, seu pai deixou para ele dois legados importantes, um, foi o legado religioso, e o outro foi o amor pelo Xadrez, que com o tempo só cresceu, e fez de Aaron um dos maiores enxadristas do século 19.

Aaron cresceu em meio ao comando dos grandes Cazres, não existia liberdade para nada, o que estava começando a se tornar perigoso, não são para ele, mas para todos os cidadãos da Lituânia, de uma maneira geral. Após um grande esforço, em 1904 seu pai conseguiu mandá-lo para Berlim, onde estudaria, e viveria pelos próximos anos de sua vida. Entretanto, nos planos do pai de Aaron que a Alemanha se tornaria uma potência cujo os seres mais odiados eram justamente os judeus. Até 1930, quando começou o domínio nazista ele pode viver bem, tendo começado seus problemas após esse fatídico ano. Durante boa parte da sua vida ele viveu se escondendo dos nazistas.

Aaron chegou a estudar filosofia na Universidade de Berlim, entretanto, não ouve sucesso na sua vida acadêmica, e a filosofia ficou de lado para que finalmente ele pudesse dar atenção exclusiva ao Xadrez.

Nimzowitsch teve uma vida competitiva no Xadrez antes de começar a temer os nazistas, participou de diversos torneios, e enfrentou grandes nomes do Xadrez mundial da época, sendo o mais importante deles, Raul Capablanca.

O primeiro torneio que se tem conhecimento de ele ter participado, foi em 1911, Torneio de San Sebastian. Neste torneio perde para Capablanca e Tarrasch, os participantes que acompanhavam o desenrolar, descreviam-no como possuidor de tiques nervosos, não tolerando qualquer ruído ou alguém falando, imediatamente reclamava ao arbitro. Mostrava-se pouco amável com os que assim lhe venceram e não dirigia palavras aos mesmos, mas aos que venceu ou empatou foi de extrema amabilidade. Já eram os primeiros sinais da tremenda doença que mereceu a atenção do genial criador da Psicanálise Sigmund Freud, estudando as desigualdades causadas pelas perseguições que os judeus sofreram na Europa.

Com a chegada da primeira guerra mundial, Aaron se viu fugindo de cidades em cidades, procuranco um lugar seguro, onde não ouvesse perseguição por parte dos nazistas. De tanto fugir foi parar na Suécia, onde ficou refugiado por 2 anos, afinal, ao ponto máximo da primeira guerra a Suécia era um país neutro. Em 1922 vai morar na Dinamarca até o fim da vida em 1934. Recebeu cuidados permanentes dos médicos dinamarqueses. A Dinamarca ao lado da Holanda era dos povos onde os judeus eram menos discriminados.

De 1904 à 1934, Nimzovistch participou em 47 torneios, jogando 638 partidas, venceu 302 e empatou 222 e perdeu 109. Venceu 18 destes torneios.

Apesar de sua genialidade, não pode disputar matches pelo titulo com Capablanca ou Alekhine pois não conseguiu bolsa junto aos capitalistas que não confiavam em seu equilibrio. Mas seu trabalho inovador, para o desenvolvimento do xadrez moderno colocam-no para sempre no panteão dos grandes mestres.

ARTIGO 285 (ANO I, Nº 28, DE 08 A 14 DE AGOSTO DE 2010).

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Alexander Alekhine.

Em se tratar de tática, Alexander Alekhine é um dos enxadristas mais lembrados entre os praticantes do Xadrez. Com táticas que deixavam seus adversários sem saber o que fazer, Alexander tornou-se um ícone do Xadrez entre os anos de 1930 e 1934, quando ganhava praticamente tudo que disputava. Alguns estudiosos de tática dizem que ele só não foi melhor do que Bob Fischer.

Alexander tornou-se um dos maiores grandes mestres que o mundo já viu , tendo vencido o lendário Capablanca. Estudiosos dizem que quando Alexander entrava numa disputa, se ele estivesse 100% confiante, ninguém o venceria, e de fato, era praticamente impossível vencê-lo quando ele atingiu seu auge.

Alexander teve grande êxito quando participou de dois torneios em especial, San Remo e Bled, em 1930 e 1931 respectivamente. Em San Remo ele terminou o jogo com 3,5 pontos a frente de seu oponente, o que já foi considerado um feito inacreditável, pois na época seu adversário era campeão mundial de Xadrez. Pois bem, Alexander não parou por aí, um ano mais tarde ele derrotou Flohr, um exuberante enxadrista que dizimava enxadristas principiantes, Alexander não só venceu, como terminou o jogo com 5,5 pontos a frente do temível Flohr, um feito que nunca havia sido sequer pensado que poderia ser feito.

Paralelamente ao Xadrez, Alexander ficou conhecido por dar colaboração aos nazistas na Segunda Guerra Mundial, e por começar um consumo em excessivo de bebidas alcoólicas.

Alexander nasceu em Moscou, de uma família rica e aristocrata. Seu irmão mais velho, Aleksei, também era enxadrista e, como não era permitido a garotos freqüentar os clubes de xadrez da época, ambos desenvolveram seu talento com o xadrez postal. Alekhine não era um prodígio como Morphy e Capablanca, mas seu desempenho evoluiu rapidamente durante a adolescência e, aos quinze anos, já derrotava alguns mestres. Em 1914, tornou-se o terceiro, depois de Lasker e Capablanca, no grande torneio de São Petersburgo, mas então vieram a guerra e a revolução. Venceu o Campeonato Soviético em 1920 e depois partiu para o Ocidente, tornando-se cidadão francês.

Dizem que Alekhine esperava jogar com Capablanca desde 1914 e antes mesmo de Capa enfrentar Lasker. O carisma de Alekhine vinha de suas táticas lógicas porém ousadas que se baseavam freqüentemente no desenvolvimento lento do adversário. Suas anotações lúcidas e articuladas e sua personalidade impulsiva eram o contraponto perfeito à elegância despreocupada de Capablanca. Foi particularmente severo com estrategistas convencionais como Rubinstein e Tarrasch.

0 último grande sucesso de Alekhine em sua melhor fase foi em Zurique, 1934, após o qual seus resultados tornaram-se um tanto apagados. Seu problema de alcoolismo acentuou-se e afetou seu jogo e seu comportamento durante a inesperada perda do título mundial para Euwe, em 1935. Chocado pela derrota, entrou num treinamento rigoroso e abstêmio e recuperou o título dois anos depois.

Alekhine ainda era um adversário difícil para qualquer um. Botvinnik descreveu como, em Nottingham, 1936, quando em posições complexas, ele se levantava - depois de executar seu lance - e começava a rodar em volta da mesa como uma pandorga. Jogando contra Botvinnik, manteve sua "imitação de pandorga" por vinte minutos, enquanto este lutava interiormente para escapar à pressão psicológica. Era uma partida vital para ambos, a primeira entre o então campeão soviético e o russo "branco" que emigrara.

Em seus últimos anos, Alekhine foi um dos principais participantes dos torneios nazistas da guerra e uma série de artigos anti-semitas foi publicada sob seu nome. Seu jogo deteriorou ainda mais depois de 1943. Quando, em 1946, aceitou um desafio pelo título de Botvinnik, poucos achavam que ele tinha alguma chance; mas, enquanto se preparava para a decisão, Alekhine morreu repentinamente em Lisboa.

Jogou em 87 torneios em sua vida, dos quais venceu 62 - um recorde; depois de 1912 ele só ficou uma vez em Nottingham, 1936 - fora dos quatro primeiros lugares. Se você gosta do xadrez tático e também de estratégias e jogos posicionais, Alekhine é um excelente modelo de como jogar xadrez.

ARTIGO 284 (ANO I, Nº 28, DE 08 A 14 DE AGOSTO DE 2010).

SÉRIE: ENXADRISTAS FAMOSOS.

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:

http://soxadrez.com.br/conteudos/enxadristas/p1.php
François André Danican Philidor.

François André Danican Philidor é um dos mais ilustres enxadristas que o mundo já viu, nascido no dia 7 de setembro de 1726, teve uma vida vitoriosa no Xadrez, onde marcou época. Começou a pratica do Xadrez enquanto aprendia a tocar instrumentos musicais junto com outros musicos na Capela Real de Versalhes.

Philidpr teve o Xadrez como seu princpal passatempo, até que encontrou um motivo para levar o Xadrez muito a sério, Philidor foi desafiado. Seu desafiante era Sire de Legal, um famoso campeão fracês do clube onde Philidor frequentava para treinar Xadrez. Philidor só foi desafiado porque ninguém acreditava que ele pudesse vencer Sire de Legal.

Após essa vitória, a sua primeira, Philidor entrou de vez no mundo do Xadrez, sendo assim, começou a viajar por diversos lugares, desafiando os mais variados jogadores. No ano de 1749 Philidor fez uma viagem para a Holanda, e logo após, para a Inglaterra, foi na Inglaterra que ele começou a adquirir respeito no meio do Xadrez, ele derrotou o sírio Philippe Stamma por um placar elástico de 8 a 2. Nesse dia, Philidor derrotou o até então considerado, melhor jogador de xadrez do mundo, na época.

Entretanto, após o novo mundo que se abria diante de seus olhos, Philidor teve que largar a carreira musical, com a música ele já estava gastando demais, e o lucro era quase nada, ele começava então, a ter problemas financeiros. Problemas esses que o fez optar por largar a música, arte que ele havia estudao durante quase toda a sua infância, para dedicar-se apenas ao Xadrez, dessa vez, porém, como profissional.

Em meio a torneios de Xadrez que disputava, Philidor foi escrevendo um livro, que após ser lançado, foi um dos maiores sucessos da época, o livro se chamava L’Analyse du Jeu des Échecs, e foi muito apreciado por diversos jogadores de todo o mundo. Philidor entrou para o Hall da fama do Xadrez por quatro motivos muito simples:

Primeiro motivo - Ele conseguiu a façanha de descobrir vários erros nas variantes dos melhores mestre italianos da época (e publicou no seu livro);

Segundo motivo - Sob sua visão de jogar Xadrez, ele apresentou uma nova teoria de jogo dos peões;

Terceiro motivo - escreveu inteligentes análises de finais de partida;

Quarto motivo - obteve enorme êxito em suas partidas, em outras palavras, Philidor mais venceu do que perdeu em toda sua vida.

Durante o seu auge, Philidor era invencível, sua confiança em sua capacidade era tanta, que ele chegava a deixar seu oponente começar o jogo com vantagem material.

Philidor faleceu em 7 de setembro de 1726, na Holanda.

ARTIGO 283 (ANO I, Nº 28, DE 08 A 14 DE AGOSTO DE 2010).

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:
http://xadrezentreamigos.blogspot.com/2010/01/sinais-convencionais-e-abreviaturas-no.html

Sinais Convencionais e Abreviaturas no Jogo de Xadrez
0-0 = pequeno roque
0-0-0 = grande roque
X = captura
+ = xeque
++ = xeque-mate
! = lance bom
!! = lance ótimo
? = lance fraco ou ruim
?? = lance péssimo
!? = lance duvidoso

ARTIGO 282 (ANO I, Nº 28, DE 08 A 14 DE AGOSTO DE 2010).

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:
http://www.tabuleirodexadrez.com.br/titulos-e-ranking-no-xadrez.htm


Títulos e ranking no Xadrez.


Com o objetivo de classificar enxadristas, a FIDE, o ICCF e as federações nacionais utilizam o sistema de rating ELO desenvolvido pelo físico Arpad Elo. É um sistema estatístico baseado na hipótese que a performance de cada enxadrista em suas partidas é uma variável randômica. Arpad Elo concebeu então a força de jogo de um enxadrista com uma média entre o desempenho de todos os outros enxadristas em dado torneio. A FIDE adotou o sistema ELO em 1970 e desde então ele vem sendo reconhecido como o método mais acurado e justo que os sistemas que eram utilizados anteriormente. O mais alto rating ELO já alcançado na história do enxadrismo foi o de 2.851 pontos, obtido pelo ex-campeão mundial Garry Kasparov em julho de 1999 e em janeiro de 2000.

Os melhores enxadristas do mundo são agraciados com títulos vitalícios pela FIDE:

Grande Mestre (GM) é conferido aos mestres de xadrez de nível internacional. Com exceção do título de Campeão Mundial, o Grande Mestre é o mais alto título que um enxadrista pode alcançar em vida. Para obter este título, o candidato um rating FIDE (ELO) de pelo menos 2.500 pontos e três resultados favoráveis, denominados normas, em torneios envolvendo outros Grandes Mestres, incluindo torneios internacionais. Entretanto, há outras formas de se obter o título, como vencer o Campeonato Mundial de Xadrez Juvenil;

Mestre Internacional (MI), as condições são similares ao de GM, porém com um rating menor, sendo este de 2.400 pontos;


Mestre FIDE (MF) com o rating FIDE mínimo de 2.300 pontos;

Candidato a Mestre (CM) com rating FIDE mínimo de 2.200 pontos;

Mestre Nacional (MN) é conferido por algumas federações nacionais, como a Confederação Brasileira de Xadrez, a enxadristas com o rating FIDE mínimo de 2.200 pontos.

Todos os títulos podem ser conferidos a homens e mulheres, indistintamente, entretanto, existem títulos específicos, tais como o de Grande Mestra (WGM). O primeiro foi conferido à Nona Gaprindashvili no ano de 1978, sendo que na atualidade há inúmeras enxadristas que obtiveram o mesmo título. As dez melhores enxadristas femininas do mundo detêm tanto o título de Grande Mestra, quanto o título de Grande Mestre (GM).

ARTIGO 281 (ANO I, Nº 28, DE 01 A 07 DE AGOSTO DE 2010).

PESQUISADO E POSTADO, PELO PROF. FÁBIO MOTTA (ÁRBITRO DE XADREZ).

REFERÊNCIA:
http://www.tabuleirodexadrez.com.br/regras-do-xadrez.htm


Regras do Xadrez.

As regras do xadrez ou Leis do Xadrez são um conjunto de regras que gerem a prática do Jogo de Xadrez em todo o mundo. Enquanto as origens do xadrez não são claras, as regras modernas tomaram forma primeiro na Itália, durante o século XVI. As regras continuaram a ser modificadas lentamente até o início do século XIX, quando atingiram a forma atual. As regras também variavam de lugar para lugar. Atualmente, a Fédération Internationale des Échecs (FIDE), também conhecida com Organização Mundial do Xadrez, define as regras padrão, com pequenas modificações feitas por algumas organizações nacionais para seus próprios objetivos. Existem variações das regras para o xadrez rápido, xadrez postal, xadrez online e variantes do xadrez. As regras vigentes são ditadas pelo texto aprovado no 77º Congresso da FIDE realizado em Dresden (Alemanha) em novembro de 2008, tendo entrado em vigor a partir de 1º de julho de 2009.

O Xadrez é um jogo para duas pessoas em um tabuleiro de xadrez, com 32 peças (16 para cada jogador) de seis tipos. Cada peça move-se de forma distinta. O objetivo do jogo é dar o xeque-mate, isto é, ameaçar o Rei do oponente com a captura inevitável. Os jogos não terminam necessariamente com o xeque-mate – os jogadores com certa frequência desistem se acreditam que irão perder. Além disso, existem várias formas de um jogo terminar em um empate.

Além do movimento básico das peças, as regras também governam o equipamento usado, o controle de tempo, a conduta e ética dos jogadores, acomodações para jogadores com necessidades especiais, o registro dos lances usando notação de xadrez, bem como procedimentos para lidar com irregularidades que porventura ocorram durante uma partida.

Objetivo do xadrez
O objetivo do jogo é dar xeque-mate ao Rei adversário, ou seja, colocando-o sob ameaça de captura (xeque), sem que ele tenha como escapar. Para isto, cada jogador conta com 16 peças, sendo:

1 Rei

1 Dama

2 Bispos

2 Cavalos

2 Torres

8 Peões



Os movimentos são alternados, sendo que, por convenção, o enxadrista que detém as peças brancas faz o primeiro lance. Não se pode "passar a vez" ou deixar de jogar.

O objetivo secundário do jogo é proteger o próprio Rei, evitando que fique em xeque. É proibido no jogo colocar o próprio Rei em xeque, ou, quando em xeque, fazer outra jogada que não tenha por objetivo tirá-lo de xeque.

Movimento e captura das peças

Estudemos detidamente o movimento de cada uma dos 6 tipos de peças que compõem o jogo de xadrez:

Torre;

Bispo;

Rainha ou Dama;

Rei;

Peão;

Cavalo.

Há também movimentos "extraordinários":

Roque;

Tomada "en passant".

Todas as peças (com exceção do Cavalo), independente de quantas casas andem, têm seu raio de ação limitado pelas outras peças, amigas ou inimigas. Caso uma peça amiga esteja em seu caminho, ela não poderá parar na casa desta peça amiga, ou em qualquer outra casa que, para chegar nela, deve passar pela casa ocupada. No caso de uma peça inimiga, ainda não é permitido chegar em uma casa passando pela casa ocupada, porém, é possível capturar a peça adversária, removendo-a de jogo e posicionando a peça captora na casa que a peça inimiga ocupava.

Torre
A torre se movimenta nas direções ortogonais, isto é, pelas linhas (horizontais) e colunas (verticais), não podendo se mover pelas diagonais. Ela pode mover quantas casas desejar pelas colunas e linhas, porém, apenas em um sentido em cada jogada.

Bispo
O bispo se movimenta nas direções diagonais, não podendo se mover pelas ortogonais. Ela pode mover quantas casas desejar pelas diagonais, porém, apenas em um sentido em cada jogada.

Dama (Rainha)
A Dama (Rainha) pode movimentar-se quantas casas queira, na diagonal, na vertical ou na horizontal, porém, apenas em um sentido em cada jogada.

Rei
Pode mover-se em todas as direções, mas limitado a uma só casa. O Rei pode fazer roque com a torre desde que:

- nenhuma das duas peças tenha sido movimentada;
- não haja nenhuma peça entre o rei e a torre, e
- nenhuma das casas pelas quais o rei irá passar ou ficar esteja sob ataque.


Somente assim podendo ser feito o roque.

O rei também pode capturar qualquer peça adversária, com exceção do rei adversário. Um rei deverá manter distância de duas casas do outro rei, se não será considerado um lance irregular.

Peão
O peão é a única peça do xadrez que nunca retrocede. Portanto, quando se encontra na segunda fila [a2-h2 das brancas, a7-h7 das pretas] sempre estará para fazer o seu primeiro movimento. Nesse caso ele pode "escolher" entre "andar" uma ou duas casas na mesma coluna. Passou da segunda fila, não mais pode se deslocar duas casas, mesmo que não o tenha feito antes. No entanto, quando vai capturar uma peça, seu movimento é diferente: ele desloca-se na diagonal, andando apenas uma casa, sempre para frente. O peão não pode capturar para trás, e não captura peças que obstruam o seu caminho. Assim, qualquer peça (inclusive um outro peão), pode parar a marcha de um peão.

Uma vez que um peão não anda para trás, caso ele alcance a última fileira do tabuleiro (fileira 8 para as brancas ou 1 para as pretas) o jogador deve promover seu peão, transformando-o em uma rainha ou sub-promover seu peão na proxima jogada transformando-o numa torre, num cavalo ou num bispo. O peão pode se transformar em qualquer das quatro peças, mesmo que haja outras em jogo. É possível, então, possuir duas ou mais damas, três ou mais torres, ou situações semelhantes.

Cavalo
O movimento do cavalo corresponde ao movimento em "círculo". Círculo este que corresponde ao movimento octogonal permitido pelo quadriculado do tabuleiro. Ele pode andar em "forma de L", ou seja, anda duas casas em linha reta e depois uma casa para o lado. Ao colocar uma peça em cada posição disponível do movimento do Cavalo, você verá que elas formam um círculo no tabuleiro. O Cavalo goza de uma liberdade especial em seu movimento, podendo pular qualquer peça, inclusive as do adversário. Captura as peças adversárias que estejam em sua casa de chegada, mas não pode ir para uma casa ocupada por uma peça amiga.

Movimentos extraordinários

Roque
Este é um lance do rei com qualquer das torres de mesma cor situada na mesma fileira e é considerado como um lance de rei apenas.O roque coloca o Rei em segurança e permite jogo à torre companheira. O roque tem suas variantes: o roque longo, também chamada de roque do lado da dama e o roque curto, também chamada de roque do lado do rei. Para se executar ambos move-se o rei duas casas para qualquer lado na horizontal e move-se a torre para a casa imediatamente anterior.

Ao se realizar um roque deve-se observar certas condições que devem ser seguidas para que o movimento seja válido.São elas:

Nem rei nem a torre usada no roque podem ter sido mexidos alguma vez antes no jogo.

O rei não pode estar em xeque antes do roque ser feito e nem pode ficar em xeque após a realização do mesmo.

Nenhuma casa que o rei irá passar para realizar o roque pode estar ameaçada por uma peça adversária.

O caminho da torre e do rei devem estar totalmente desobstruídos, seja por peças amigas ou adversárias.

Obs.: como o Roque é um lance do Rei, o mesmo deve ser movido primeiro. Caso o jogador tocar primeiro na torre, deverá fazer um movimento com a mesma, não podendo mais fazer o roque nesse lance e nem mais com essa torre (pois a mesma já terá sido mexida).

Tomada "en passant"
A captura en passant ou na passagem é uma captura especial de peões no jogo de xadrez. O peão pode andar duas casas na primeira vez que se move. Entretanto, os peões adversários podem capturar o peão que anda duas casas como se este tivesse andado apenas uma casa, caracterizando uma captura en passant. Neste caso, a captura deve ser feita imediatamente após o emparelhamento dos peões não podendo ser feita depois. Como todas as outras capturas, a tomada "en passant" é facultativa.

Tirando o Rei de Xeque
Para retirar o Rei de xeque, o jogador deve tentar os três passos abaixo:

Movimentar o Rei para uma casa em que ele não esteja em xeque;

Colocar uma peça entre o Rei e a peça que está dando o xeque, ou;

Capturar a peça que está dando xeque ao Rei.

Quando não há possibilidade de se fazer nenhum desses três passos, caracterizando xeque-mate, a partida acaba.

Vitória
Existem dois modos de vitória durante uma partida de Xadrez:

Adversário desistir ou abandonar o jogo.

xeque-mate no rei adversário

Embora seja costume de muitos jogadores antigos, o aviso do xeque, diferente de como alguns pensam, não é de forma alguma obrigatória, sendo, em algumas partidas blitz (relâmpago) de campeonato, desaconselhado.

Empate
Uma partida é considerada empatada, quando:

O jogador ativo não puder realizar nenhuma jogada legal. Esse empate é conhecido como pat, pelos franceses, ahogado, em espanhol, ou simplesmente, empate por afogamento, rei afogado.

Um dos jogadores propuser e o outro aceitar o empate.

Em campeonatos, a regra é um pouco mais restrita: um jogador deve propor enquanto seu tempo estiver correndo o empate, e acionar o relógio. O outro jogador deve anunciar que aceita o empate, recusar, ou simplesmente fazer a sua jogada, sinal que recusou o pedido, e não poderá mais tarde (se a situação do tabuleiro mudar) "aceitar" o empate. Após essa recusa, apenas o jogador que recusou o empate pode fazer outra proposta, para evitar que um jogador fique constantemente pedindo empate, incomodando o adversário.

Esse modo de propor o empate é o correto, e não o visto no filme Lances Inocentes, onde o protagonista estende a mão declarando empate, aguardando o seu oponente apertá-la como sinal de que aceita.

Nenhum dos jogadores contar com material suficiente para dar xeque-mate no adversário. É considerado material insuficiente o rei e um bispo, o rei e um cavalo ou o rei e dois cavalos contra um rei sozinho. Isso não significa, portanto, que não é possível dar um mate apenas com um cavalo. Mas só é possível se houver outras peças inimigas impedindo o caminho do rei inimigo. O mate com dois cavalos e rei contra rei só ocorre se o oponente errar ao fugir com o rei, portanto dois cavalos são considerados como material insuficiente para dar mate.

Por causa da promoção, um peão sempre é considerado "material" suficiente para mate, embora ele como peão não possa sozinho (ou com ajuda do rei) dar xeque mate.

Ocorrer um xeque-perpétuo, em que um jogador pode ficar permanentemente colocando o rei do outro em xeque, não importa o que o outro faça, sem que o jogador manifeste intenção de jogar diferentemente.

São efetuados 50 lances sem captura de peças e sem movimento de peões.

Uma dada posição ocorrer três vezes durante uma partida. Note que se um simples peão for avançado uma casa, a posição já não é mais a mesma e a contagem recomeça.

Posição inicial de peças e peões no tabuleiro do Xadrez Internacional ou Ocidental.


Lances irregulares.
Mover uma peça de forma que não siga os movimentos válidos para a mesma. Por exemplo, um bispo só pode mover-se na diagonal. Se o bispo for movido na vertical, será um lance irregular, devendo o mesmo retornar ao seu lugar e o jogador fazer uma jogada legal com o bispo, caso houver essa possibilidade, senão poderá mover outra peça.

O rei estando em xeque, o jogador faz um movimento cujo resultado ainda mantenha em xeque o rei. Nesse caso, o lance deverá voltar e o jogador deverá movimentar a mesma peça para uma posição que tire o rei do xeque, caso possível, senão poderá fazer qualquer outro lance que tire o rei do xeque.

Fazer um lance que coloque o seu rei em xeque. Novamente o lance deverá ser desfeito e deverá ser feito outro lance com a mesma peça, desde que haja algum lance válido para a mesma.